Espanha 'esquece' artilharia da Euro 2008 e vira semifinalista com pior ataque

Apesar de seguir baseando seu jogo no toque de bola e em suas referências ofensivas, a Espanha já apresenta números bem diferentes de 2008, quando ganhou a Eurocopa. Com seis gols, a seleção de David Villa, artilheiro do torneio com cinco, chega à semifinal com o pior ataque entre os times que ainda disputam o título.

Há dois anos, a Espanha sagrou-se campeã continental fazendo 12 gols em seis jogos e terminou a competição com o melhor ataque. Villa, naquela oportunidade, também foi o artilheiro do torneio, indo às redes em quatro oportunidades.

Desta vez, o time comandado por Vicente Del Bosque marcou dois contra Honduras e Chile, na primeira fase, e apenas um diante de Portugal e Paraguai, no mata-mata. Na semifinal, a Espanha terá pela frente a Alemanha, sensação do torneio com um bom futebol e 13 gols marcados, recorde no quesito até o momento.

Do outro lado da chave, Uruguai e Holanda somam certas deficiências ofensivas, mas ainda assim superam os espanhóis. Os sul-americanos têm seis gols marcados, contra nove de Robben, Sneijder e companhia.

Os números evidenciam um dos principais problemas da Espanha, que é muito dependente de David Villa. O atacante, um dos grandes destaques individuais da Copa do Mundo, marcou quase todos os gols da seleção e ainda deu a assistência para Iniesta fazer o dele diante do Chile.

Nas oitavas e nas quartas de final, Villa foi o responsável direto pelas vitórias. O camisa 7 decidiu, com um gol em cada, as partidas contra Portugal e Paraguai, que faziam confrontos disputados e não davam espaço ao ataque da Espanha.

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