Fernando Torres, só 1 chute certo em 154min, segue incógnita da Espanha

Fernando Torres deveria ser a referência ofensiva da Espanha. Deveria, mas não é. Nos três jogos da Espanha na primeira fase, ele atuou por menos de 90 minutos. E jogou sempre muito mal. Foram 11 chutes a gol em todo o torneio. E o jogador que deveria marcar os gols da Fúria acertou o alvo só uma vez.

O vilão ainda é o joelho. Ele fez uma operação em maio, que deveria deixá-lo pronto para a Copa do Mundo na África do Sul, mas isso não aconteceu. Como é comum em lesões de recuperação longa, ele está jogando com uma lesão muscular, fruto da sobrecarga nos músculos da perna boa.

Nesta sexta-feira, ele só jogou 70 minutos. Tentou apenas dois chutes, erro ambos. Recebeu 14 bolas, perdeu oito delas. Estava sentindo a lesão muscular na perna. “Estamos avançando na recuperação. A substituição foi apenas física. A lesão não tem relação com o joelho”, admitiu o técnico Vicente Del Bosque.

Sem seu atacante, a Espanha ainda não encontrou o bom futebol. É verdade que David Villa é o artilheiro da competição, ao lado de Higuain, da Argentina, e Vittek, da Eslováquia. Com o gol contra os chilenos, inclusive, isolou-se como o maior artilheiro da Fúria em Copas (7 tentos), deixando para trás os ex-líderes Butragueño, Fernando Hierro, Fernando Morientes e Raúl. Mas nem seu técnico tem a confiança plena em seu futebol.

“Ele é um goleador. Às vezes, não tem muita continuidade, mas é um jogador de técnica apurada, pode jogar pela direita ou pela esquerda e, a cada jogada, pode resolver”, afirmou o treinador.

O problema é que a opção para Torres que Del Bosque tem usado é centralizar Villa e usar pontas abertos, como David Silva pela esquerda ou Jesús Navas pela direita. Nenhum dos dois, porém, correspondeu até agora.

O próximo jogo da Espanha é na próxima terça-feira, às 15h30, contra Portugal na Cidade do Cabo, pelas oitavas de final.

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