![]() Sul-africanos estão empolgados e confiantes para a estreia na Copa do Mundo |
A anfitriã da Copa abre a competição nesta sexta-feira contra o México (11h, horário de Brasília) movida por um inesperado sentimento de confiança que se ergueu na reta final de preparação. A África do Sul de Carlos Alberto Parreira levará ao campo do Soccer City para o jogo de abertura a fé de um título possível, mesmo para um país de histórico pífio em Mundiais.
Alguns fatores compõem o novo sentimento de favoritismo sul-africano para o Mundial que começa nesta sexta. O primeiro deles é a notável evolução técnica e tática que Parreira conseguiu extrair de sua equipe nos últimos meses de trabalho, com vitórias em amistosos sobre Colômbia e Dinamarca, por exemplo. Os Bafana Bafana chegam à Copa embalados por uma série invicta de 12 partidas, a segunda maior da história da equipe.
A FAVOR DOS BAFANA | CONTRA OS BAFANA |
Série invicta de 12 jogos | Jejum de Parreira em jogos por seleções estrangeiras |
Força da torcida e das vuvuzelas | Grupo equilibrado com ex-campeões de Copa |
Mística de Mandela e do título do rúgbi | Histórico de eliminações na 1ª fase do Mundial |
A crença no título se espalhou de vez no país anfitrião da Copa na última quarta, quando uma multidão foi às ruas de Johanesburgo para saudar a equipe, em desfile em carro aberto. Foi a maior manifestação popular da cidade desde a libertação do líder político Nelson Mandela e o fim do apartheid.
"Quando soubemos que a África do Sul iria receber a Copa, nós queríamos competir. Mas com o passar do tempo conseguimos evoluir e vimos que somos capazes. Agora nós queremos ganhar", declarou Moeneeb Josephs, um dos goleiros do elenco dos Bafana Bafana.
O otimismo em relação à campanha na Copa também brota das esferas políticas. "Vim aqui dizer que toda a África do Sul está 100% com vocês. Nós podemos ganhar", disse o presidente do país Jacob Zuma em encontro recente com os jogadores da seleção.
O último ingrediente do pacote de confiança dos sul-africanos vem da experiência vitoriosa em um outro esporte popular no país. Em 1995, a seleção nacional conquistou pela primeira vez o Mundial de rúgbi, jogando em casa, derrubando prognósticos e consagrando a intervenção do então presidente Nelson Mandela. A história virou filme recentemente, Invictus, com os astros norte-americanos Matt Damon e Morgan Freeman.
Nos últimos jogos de preparação, torcedores exibiram cartazes com mensagens como: “Nós podemos repetir 1995”. Na noite de quinta, uma grande emissora de TV local exibiu um documentário sobre a participação da seleção local na Copa, associando o triunfo do rúgbi da década de 90 ao sonho de êxito no torneio da Fifa.
A palavra de moderação sobre as expectativas na Copa vem de Parreira. O técnico chegou a criticar a festa nas ruas da última quarta, dizendo que o momento não era para celebração. Antes do jogo, o técnico ainda procurou aliviar a pressão sobre sua equipe: "Estamos confiantes e queremos deixar o país orgulhoso. Mas falei para os jogadores: divirtam-se. Eles não podem pensar nesta expectativa nacional".
Contra a África do Sul, pesam o desafio de integrar um dos grupos mais equilibrados da primeira fase, com os campeões mundiais Uruguai e França, além do México, tradicional força média em Copas. O time de Parreira é o pior dos quatro no ranking da Fifa, segundo a última atualização, com o 83º lugar (os franceses estão em 9º, os uruguaios em 16º e os mexicanos em 17º).
Sobre Parreira, especificamente, recai a pressão do retrospecto. O brasileiro se tornará nesta sexta o técnico com maior número de participações em Mundiais, com seis, mas sem jamais ter conseguido uma vitória por outra equipe que não seja o Brasil – esteve à frente do Kuait (1982), Emirados Árabes (1990) e Arábia Saudita (1998).
A África do Sul conta com apenas duas participações em Copas do Mundo, a primeira delas em 1998, quando saiu com dois empates e uma derrota. Em 2002, veio a primeira vitória, sobre a Eslovênia, além de uma derrota e um empate. Como anfitriã, a equipe também carrega a pressão histórica das Copas de que nunca um país sede caiu na primeira fase.
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