Maradona faz coletiva por 'pena' dos repórteres e evita polêmica com F. Melo

O técnico da Argentina, Diego Maradona, concedeu na terça-feira a primeira entrevista coletiva da sua seleção desde a chegada à África do Sul. O time chegou ao país da Copa fazendo mistério e barrando a imprensa em todas as oportunidades, mas o treinador explicou que decidiu chamar os repórteres porque sentiu ‘pena’.

Antes de qualquer pergunta, Maradona esclareceu: “Não pensávamos em comparecer diante da imprensa, mas já que todos fizeram essa longa viagem e ficaram esperando três dias na porta, vamos ceder um pouco, mas não gostaríamos”.

Depois dessa recepção pouco carismática, Maradona se disse despreocupado com a declaração do brasileiro Felipe Melo, que afirmou que a Argentina vai chegar atrás do Brasil.

“Não penso no Felipe Melo, não estou pensando em coisas pequenas. Não me provoca nada. Estou comprometido de corpo e alma para que a seleção chegue da melhor forma possível no dia 12 contra a Nigéria e depois, passo a passo, ir construindo”, declarou.

O ídolo ainda explicou aos jornalistas que não tem nenhuma relação com o grupo de barras bravas (torcedores violentos) que viajou à África do Sul no mesmo avião da seleção argentina. Segundo a imprensa argentina, trata-se da torcida organizada “oficial” da equipe nacional.

“Não tenho relação com ninguém desse tipo. Não sei quem estava viajando no avião, estávamos na área VIP”, esquivou-se Maradona, mandando um recado aos barras bravas: “Digo-lhes que não vão entrar na concentração, pode cair um dilúvio que não entram. Podem comprar guarda-chuvas”.

Maradona adiantou que ainda não faz ideia do time titular que entrará em campo contra a Nigéria, na estreia da Copa: “O time vai ser definido poucos dias antes. Tenho 23 feras preparadas para deixar a pele no campo. A cada treinamento, fica mais difícil de decidir”.

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