31/05/2010 - 15h45

ONG denuncia presidente da AFA por suposto envolvimento com torcedores violentos

Das agências internacionais
Em Buenos Aires (Argentina)
  • Maradona e a delegação argentina desembarcam na África do Sul para disputar a Copa do Mundo

    Maradona e a delegação argentina desembarcam na África do Sul para disputar a Copa do Mundo

Uma ONG contra a violência nos estádios denunciou, nesta segunda-feira, o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, de levar torcedores “barras bravas” (seguidores violentos) à África do Sul no mesmo voo da seleção comandada por Maradona. A deleção da equipe sul-americana desembarcou no país do Mundial de 2010 no último sábado no voo SA 227 da South African Airways.

A organização ainda pediu que políticos argentinos sejam investigados por suposto envolvimento com os ”barras bravas” na viagem. A AFA negou que tenha levado torcedores no avião.

“Nenhuma pessoa, grupo ou contingente que possa coincidir como passageiro desse ou de outros voos possuem relação direta ou indireta com a AFA”, informou a entidade por meio de um comunicado. “Vamos deixar claro que AFA, por meio do seu agente de viagem, só possui relação com as pessoas vinculadas à instituição e não tem nenhuma conexão com pessoas de fora", completou.

A ONG Familiares de Vítimas de Violência no Futebol Argentino (Favifa) afirma que cerca de 30 “barras bravas” foram ajudados por Grandona para acompanharem a Copa do Mundo na África do Sul.

“É preciso investigar se esta viagem de ‘barra bravas’ foi financiada por alguma ligação política com o governo nacional”, denunciou a ONG a um juiz de Buenos Aires. O processo refere-se a notícias publicadas por jornais. A mídia local afirma que vários dos vândalos suspeitos foram ou são funcionários das agências do estado.

A organização ainda pede que todas as pessoas que estavam no voo da empresa South African Airways sejam identificados e que revele se possuem antecedentes criminais por algum delito cometido em estádios

As leis argentinas condenam com penas de um a seis anos de prisão as pessoas que facilitam a formação de grupos violentos em eventos esportivos.

A Polícia Federal da Argentina enviou oito agentes à África do Sul para colaborar com as forças de segurança sul-africanas para identificar supostos torcedores violentos.

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