Chilavert

Chilavert foi o primeiro grande goleiro-artilheiro da história, com 62 gols marcados - quase todos em cobranças de pênaltis e faltas. Além do chute certeiro, Chilavert também se destacou em sua principal função e foi um líder temperamental e polêmico.

Em 1989, estreou pela seleção do Paraguai contra a Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, em 27 de agosto. Foi exatamente nesse jogo que Chilavert marcou seu primeiro gol como profissional, numa cobrança de pênalti contra Higuita, outro goleiro de notoriedade. No total, ele marcaria oito gols em jogos da seleção – sete deles em partidas pelas eliminatórias.

O auge de Chilavert viria no Vélez Sarsfield da Argentina, ao qual chegou em 1991. Com defesas e gols, o goleiro levou o clube mediano de Buenos Aires ao título nacional de 1993 e às conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1994.

Em 1997, finalmente Chilavert e a forte zaga montada pelo técnico Paulo César Carpegiani classificaram o Paraguai para a Copa do Mundo após 12 anos de ausência. No torneio disputado na França, Chilavert chegou a cobrar faltas, mas o sonho de ser o primeiro goleiro a fazer um gol numa Copa do Mundo não se concretizou – nem em 1998, nem em 2002.

O temperamento ríspido de Chilavert se manifestou em várias polêmicas na Argentina, no Paraguai e na cusparada que deu no rosto de Roberto Carlos após a derrota para o Brasil num jogo das Eliminatórias em 2001. O gesto lhe rendeu uma suspensão de três jogos internacionais.

Após a disputa da Copa de 2002, Chilavert se despediu da seleção em dois jogos na América Central, no começo de 2003. No mesmo ano, foi acusado de falsificar documentos para se desligar do Strasburgo da França e condenado a seis meses de prisão naquele país. Para encerrar sua carreira, retornou ao Vélez e, em novembro de 2004, foi homenageado com um jogo-despedida, no qual fez seu último gol.