Arce

Um dos chutes mais calibrados na América do Sul durante a década de 90. Lateral-direito que começou a carreira no meio-campo, Arce fazia ótimos cruzamentos e cobrava faltas com precisão. Preparou jogadas e fez gols importantes para a seleção paraguaia e, no futebol brasileiro, para Grêmio e Palmeiras.

Arce (ou "Chiqui" Arce, como os paraguaios o chamam) começou como meia no Cerro Porteño, que também tinha Gamarra como volante. Em 1992, o técnico brasileiro Paulo César Carpegiani assumiu a equipe e mudou o esquema: transformou Arce em lateral-direito e Gamarra em zagueiro. Uma atitude que mudaria as carreiras dos dois.

Campeão paraguaio em 1994, Arce se transferiu para o Grêmio de Porto Alegre no começo da "Era Felipão". No ano seguinte, o lateral paraguaio foi um dos destaques na conquista da Libertadores pelo time gaúcho.

Em 1996, ganhou o Campeonato Brasileiro e, em 1997, a Copa do Brasil, já sem Luiz Felipe Scolari como técnico. O treinador foi para o Palmeiras e logo tratou de buscar seu homem de confiança para a lateral. Arce participou das conquistas da Copa do Brasil e da Copa Mercosul em 1998, e da Libertadores de 1999.

Vencedor nos clubes brasileiros, Arce disputou sua primeira Copa do Mundo em 1998, integrando a sólida defesa paraguaia. Individualmente, ele se destacou ainda mais na Copa de 2002, quando fez um gol no empate com a África do Sul.

Arce deixou o Palmeiras em 2002 para jogar no Japão. Em 2004, retornou ao Paraguai para atuar no Libertad, onde foi atrapalhado por contusões e acabou se aposentando em 2006, com um jogo festivo em sua cidade natal, Paraguari. Atualmente, é treinador do clube paraguaio Rubio Ñu, comandado por Carlos Gamarra.