Samuel Kuffour

Aos 14 anos, Samuel Kuffour trabalhava como engraxate nas ruas de Kumasi. Jogava futebol descalço, nos campinhos da cidade, até que sua mãe decidiu investir na paixão do filho pelo futebol. Vendeu a televisão da família e comprou o seu primeiro par de chuteiras.

Sua força e qualidade técnica o levaram de seu primeiro clube, o local "Kumasi Envoys", para a seleção nacional. A estreia, no Mundial sub-17 em 1991, na Itália, foi coroada com a medalha de ouro.

A boa atuação do zagueiro despertou o interesse dos clubes europeus. Depois da competição, quando tinha apenas 15 anos, foi contratado pelo Torino, da Itália.

Na seleção sub-20, ajudou Gana a trazer a medalha de prata, em 1993, com uma derrota de virada para o Brasil no último minuto da decisão.

Na época, com 17 anos, acabou transferido para o Bayern de Munique, onde atuou no time reserva. Dois anos depois, foi contratado pelo Nuremberg, da segunda divisão alemã.

Em 1996, Kuffour voltou ao Bayern e estreou no time principal. Foi eleito o melhor jogador ganês por dois anos seguidos, em 1998 e 1999, e o segundo melhor jogador da África em 1999 e 2001.

Em 2001, ajudou o clube a levar a taça da Liga dos Campeões. E foi dele o gol na decisão do Mundial de Clubes em 2001, quando o clube alemão derrotou o Boca Juniors por 1 a 0 na prorrogação, em Tóquio. O Bayern de Munique chegou a rejeitar uma proposta de US$ 9 milhões do Barcelona por Kuffour.

Aos 23 anos, Kuffour ganhou a braçadeira de capitão da seleção de Gana, mas foi expulso da Copa da África de 2000 por indisciplina. Com cinco títulos nacionais, um europeu e um mundial pelo Bayern, Kuffour se transferiu em 2005 para a Roma, da Itália. Em sua primeira temporada, foi vice-campeão na Copa da Itália.

Experiente jogador da seleção de Gana, Kuffour jogou apenas na derrota para a Itália por 2 a 0 na estreia da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. O jogador perdeu a vaga de titular para seu companheiro Mohammed.

Em 2007, a Confederação Africana de Futebol colocou o zagueiro numa lista dos 30 maiores jogadores do continente africano de todos os tempos. No ano seguinte, depois de fracassar no Ajax, da Holanda, por causa da má forma física, o agente de Kuffour anunciou a sua aposentadoria. Mas ele desmentiu o agente e disse que iria continuar atuando profissionalmente. Em 2009, o ganês voltou ao seu país de origem para defender o Asante Kotoko.