Zokora

A liderança em campo rendeu a Didier Zokora um apelido adequado: "Maestro". O futebol foi motivo de dor e esperança para o jogador. Com o esporte, ele superou o drama de perder um irmão que poderia estar com ele na seleção.

Aos 13 anos, Didier entrou para a academia de Jean Marc Guillou, em Abidjan, responsável pela descoberta de vários talentos do país. Seu irmão Armando seguiu seu caminho.

Depois do período de aprendizado, ambos foram promovidos para a equipe profissional do Asec Abidjan, clube parceiro da academia. Os dois foram comemorar em uma praia, mas Armando morreu afogado. O refúgio de Zokora para diminuir o efeito da tragédia foi o aprimoramento no futebol.

Ele passou a dedicar-se ainda mais ao esporte e, em 2000, foi para o Genk, da Bélgica. Nessa mesma época, o irmão mais novo Arnaud entrou para a academia, tal qual Didier e Armando.

O início na Bélgica teve as dificuldades esperadas com o frio, o idioma – no país fala-se holandês e alemão, além do francês –, mas ele acabou ficando quatro anos no clube, conquistando o campeonato nacional em 2002 e disputando, no total, 126 jogos, incluindo alguns da Liga dos Campeões 2002/03.

Em julho de 2004, Zokora assinou com o Saint-Etienne, da França, onde ficou por dois anos. Depois da passagem pelo futebol francês, o jogador mudou-se para o Tottenham, da Inglaterra, sempre aumentando a admiração em torno de si. A cartada mais alta na carreira em clubes foi dada em 2009, quando ele foi contratado pelo Sevilla, da Espanha.

Integrante da seleção marfinense desde 2000, o meio-campista participou das eliminatórias para as Copas de 2002, 2006 e 2010. Zokora disputou o Mundial da Alemanha e foi titular nas três partidas da equipe na primeira fase, com destaque para a atuação na derrota por 2 a 1 para a Holanda.