Fan Fests fazem sucesso pelo Brasil; Rio e Manaus têm superlotação

Bruno Thadeu

Do UOL, em Natal

As Fan Fests foram o ponto positivo neste primeiro dia de Copa do Mundo. Várias cidades registraram grande comparecimento de público nas festas gratuitas organizadas pela Fifa. Não houve ocorrências graves nos locais dos eventos. O problema maior aconteceu no Rio de Janeiro, onde houve superlotação e muita gente ficou de fora da arena montada na praia de Copacabana.

Máscaras, perucas, caras pintadas e clima carnavalesco marcaram a Fan Fest de São Paulo, no centro da cidade. Era difícil achar brasileiros em meio a tantos turistas estrangeiros. A polícia tentou conter pessoas que urinavam em árvores. Nâo houve grandes incidentes.

Na capital mineira 16,5 mil pessoas foram até o Expominas acompanhar a primeira partida do Mundial. Com um efetivo sistema de acesso, o local não teve filas para entrar. O espaço coberto ficou longe dos protestos, que se sucederam na região central de Belo Horizonte.

Além dos mineiros, atraídos por um show do Skank após a partida, centenas de colombianos também foram à festa que marcou o começo oficial da Copa do Mundo em Minas Gerais. A seleção da Colômbia chegou a BH durante o evento e estreia no grupo C no sábado, contra a Grécia, no Mineirão.

Em Manaus também houve excesso de torcedores para assistir ao duelo entre Brasil x Croácia, na abertura do Mundial. A capacidade de 35 mil lugares não foi suficiente. Milhares de pessoas ficaram fora da área cercada pela organização onde estavam as arquibancadas. Nada que incomodassem os torcedores que vibraram sentados na grama. 

As barracas de patrocinadores que tinham televisões atraíram centenas de pessoas que viram a partida em pé. O som da Fan Fest de Manaus é das buzinas que soaram alto quando o hino acabou e também no apito inicial. Não houve protestos. Não foram registrados protestos.

Em Brasília, pelo menos 15 mil pessoas pelo telão mas sem tumultos. O local tem capacidade para 50 mil pessoas. Pessoas tiveram de ficar sentadas na grama devido à falta de espaço. Sete pessoas passaram mal e foram encaminhadas ao hospital por unidades do Samu.

Os gaúchos compareceram em peso ao anfiteatro às margens do Guaíba. Foram aproximadamente 10 mil pessoas.

No Recife, a festa transcorria animada até a metade do segundo tempo, quando um grupo de cem manifestantes foram barrados pelo Batalhão de Choque. Mesmo sem shows, a Fan Fest reuniu mais de 10.000 pessoas. Com frevo e maracatu, os torcedores também puderam acompanhar um desfile de bonecos gigantes de Olinda com imagens de jogadores como Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi.

Muitos mexicanos que estão hospedados em um navio no Porto do Recife, vizinho à Fan Fest, também marcaram presença. Na hora do hino, a torcida cantou à capela e gritou "sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor".

Fortaleza promoveu festa animada. Do lado de fora, grupo estudantil fez protesto pacífico até determinado momento. Mas na parte final da festa houve confusão na entrada da Fan Fest com a polícia, que atirou bomba, dispersando os manifestantes. Público estimado de 25 mil pessoas, com capacidade para 35 mil.

A Fan Fest de Natal também contou com a presença em peso de mexicanos, que praticamente duelavam com brasileiros em quantidade na arena localizada na Praia do Forte. Torcedor vestido de Chapolin Colorado fez a festa do público, sendo requisitado para fotos com brasileiros.

A Fan Fest de Cuiabá passou longe do padrão tão alardeado pela entidade. Houve longas filas nos caixas durante Brasil x Croácia, jogo que abriu a Copa de 2014. Além disso, o público pôde comprar cervejas em latas e entrar com fogos de artifício, itens vetados em partidas de Copa do Mundo. Vendedores ambulantes também circularam livremente pelo espaço.

"Vim do Equador para acompanhar os jogos aqui em Cuiabá. Hoje [quinta-feira] o negócio tem sido bom", contou Juan Carlos, que vendia chaveiros por R$ 10 no interior do Fan Fest.

As 15 mil entradas para a Fan Fest de Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski, acabaram em três horas a partir do momento em que a distribuição começou. Quem conseguiu os bilhetes, no entanto, deixou para última hora para chegar ao local. Cerca de 30 minutos antes do início do jogo não havia nem metade dos espectadores. Assim que a bola rolou, no entanto, o público teve grande aumento.

E quem chamou a atenção foram os argentinos, vestidos com a camisa da seleção nacional, azul e branca. Como o país vizinho fica próximo ao sul do país, muitos foram à Fan Fest da capital paranaense e ainda torceram pelo Brasil na estreia. Diversos brasileiros brincaram com os argentinos, que ficaram atentos para rapidamente manifestar apoio à seleção da casa. No intervalo da partida foi possível ver que grande parte das 15 mil pessoas estiveram na Pedreira para assistir à partida na Fan Fest. Três pessoas excederam na bebida e foram levados ao setor de atendimento médico.

Salvador recebeu um público razoável para a estreia do Brasil na Copa do Mundo. O telão, instalado em frente ao Farol da Barra, recebeu pouco mais de 12 mil pessoas. Além da torcida brasileira, alguns holandeses, que estão na cidade para a estréia de amanhã contra a Espanha, foram torcer para o Brasil.

Colaboraram os jornalistas Aiuri Rebello, Guilherme Palenzuela, José Ricardo Leite, Guilherme Costa, Marinho Saldanha, Jeremias Werneck, Paulo Anshowinhas, Carlos Madeiro, Vagner Magalhães e Vinicius Konchinski

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