No Brasil desde a última quarta-feira, os jogadores da seleção espanhola não ficaram imunes aos protestos populares que tomam as ruas do país, inclusive perto dos estádios que abrigam a Copa das Confederações. No entanto, os favoritos do torneio evitaram comentar os incidentes nas principais cidades locais.

As grandes cidades do país vivem uma onda de manifestos desde a última semana, quando milhares de pessoas foram às ruas de São Paulo inicialmente para protestar contra o aumento da tarifa do transporte público (metrô e ônibus), de R$ 3,00 para R$ 3,20. No entanto, os atos ganharam conotação mais ampla, atingindo várias localidades do país.

Na noite de segunda-feira, centenas de milhares de cidadãos tomaram as ruas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, entre outras cidades.

Os protestos pelo país também se alastraram para as sedes da Copa das Confederações. Nos últimos dias atos turbulentos foram registrados próximos aos estádios de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, em dias de jogos. Em todos eles houve confronto entre manifestantes e as forças policiais destacadas.

"Vi pela televisão, mas estamos com o foco apenas no torneio. A única coisa que podemos fazer é nos concentrar no jogo", declarou o meia Juan Mata, do Chelsea, nesta terça-feira.

"Estamos ansiosos para jogar no Maracanã, está próxima fase. Não temos nada a falar", acrescentou o jogador da seleção espanhola.

A seleção espanhola realiza treino na noite desta terça-feira em São Januário, campo do Vasco, quando o técnico Vicente del Bosque deve esboçar o time para a partida contra o Taiti na quinta.

O próximo compromisso está marcado para o Maracanã, local que viveu momentos de tensão no último domingo, com atos populares nas imediações durante o jogo entre Itália e México.

Os espanhóis estrearam na Copa das Confederações no último domingo, na Arena Pernambuco, quando bateram o Uruguai por 2 a 1, gols de Pedro e Soldado. A partida foi válida pelo grupo B do torneio.