A Prefeitura de São Paulo fez concessões à Fifa (Federação Internacional de Futebol) em relação à Lei Cidade Limpa, mas não foi o suficiente para a entidade ficar completamente satisfeita com a quantidade de publicidade referente à Copa das Confederações às vésperas do sorteio dos grupos. Foram permitidos cartazes pela cidade com o logo da competição e também símbolos do Mundial. Há previsão contratual para que isso ocorra.

Avenidas como a 23 de Maio, por exemplo, estavam tomadas pelos cartazes sobre o evento e também com bandeiras dos países participantes. Havia um boneco gigante do mascote do Mundial, que tinha uma inscrição da Coca-Cola em seu peito, ao lado do Parque do Ibirapuera. Ainda foram autorizadas no Diário Oficial a instalação de bolas gigantes da Adidas em áreas populares da capital paulista, como o Ibirapuera e a Av. Paulista.

"Sabemos que São Paulo tem restrições quanto à publicidade. Então, o que pudermos pegar, será bom. Mas, aos poucos, a cidade percebe que é bom mostrar a presença da Copa na cidade", disse o diretor de marketing da entidade, Thierry Weil.

A intenção da Fifa é aumentar esse tipo de propaganda pelas cidades-sede da Copa das Confederações e da Copa 2014. Até porque, para a entidade, não há custos para esse tipo de publicidade.

O contrato da cidade-sede com a organização para o Mundial determina que deve ser disponibilizado para propaganda espaços em rotas "protocolares", o que inclui caminhos feitos do aeroporto e nas regiões próximas aos locais de competições. Caso a prefeitura não tenha direito sobre os espaços, deve pagar para que a Fifa possa ter acesso a eles. No caso do Mundial, isso deve ocorrer 14 dias antes do início da competição.

Não há menção a eventos como o sorteio da Copa das Confederações, mas as regras do Mundial costumam valer também para esse tipo de realização. A Secretaria Extraordinária da Copa 2014 do município não respondeu às perguntas do UOL Esporte sobre as concessões feitas pela cidade à Fifa após dois dias de consultas.

Pelo contrato, ainda há previsão de que a cidade-sede deve fazer uma programação visual detalhada para a competição. Isso deve ser apresentado à Fifa para aprovação. Assim como as marcas dos patrocinadores e do Mundial ficam mais visíveis pela cidade, os concorrentes devem sumir de zonas de exclusão, que são próximas aos locais de competição.