Fifa negocia com sindicato de jogadores medidas para minimizar efeitos do calor em jogos da Copa

Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Rodrigo Paiva/UOL

    Copa de 2014 tem jogos programados para as 13 horas em regiões onde não faz frio no inverno

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A Fifa abriu negociação com a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais) para tentar minimizar os efeitos do calor nos jogos da Copa do Mundo às 13h no Brasil, além da falta de umidade em alguns casos. A entidade ameaçou ir à Justiça para tentar impedir as partidas sob sol escaldante. A federação internacional já aceitou paralisar os jogos para os atletas se refrescarem.

"Após um pedido do sindicato brasileiro decidimos permitir a hidratação. O juiz terá liberdade para fazer a hidratação, parando o jogo quando ele quiser", disse Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, em São Paulo.

Mas a concessão feita pela entidade nacional não é suficiente para os sindicalistas. "Não aceito só isso. Precisamos fazer um estudo para saber se apenas a parada para hidratação resolve o problema. Nós temos segurança de que ela funciona em jogos às 15h. Temos que ouvir especialistas sobre esse novo horário.", disse Rinaldo Martorelli, presidente da Fenapaf.

O dirigente sindical, que esteve em evento da Fifa nesta quinta-feira,  disse que conversou na quarta com Marco Polo Del Nero, membro da Fifa, sobre o assunto. O cartola da CBF sugeriu que fosse feita a hidratação durante as partidas, mas o sindicalista entende que podem ser necessárias outras medidas. Ele admitiu que não há condições de mudar os horários dos jogos

Então, sugere uma parceria entre sua entidade e a Fifa para bancar os custos de uma pesquisa sobre o tema. "Ficaram de me responder se aceitam, estou esperando. Sem uma solução segura para os jogadores, paro o campeonato. Não quero fazer isso, mas juridicamente consigo. Não falo o que é, mas tenho o pulo do gato", completou o ex-goleiro.

Martorelli também disse que avisou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, sobre sua intenção de recorrer à Justiça, caso não fique satisfeito com as medidas tomadas pela Fifa. Pediu a ele que avisasse à presidente Dilma Rousseff sobre o tema. "Sei que com meu argumento dá para parar a competição na Justiça se for necessário. Mas essa não é a intenção", contou.

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