Fifa não quer atrasos de estádios para Copa-2014 e pede para Manaus se apressar

Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Arena

    Panorama das obras na Arena Amazônia, em Manaus, em outubro de 2012

    Panorama das obras na Arena Amazônia, em Manaus, em outubro de 2012

Manaus assumiu o lugar de Natal como estádio mais problemático da Copa-2014. Pelo menos nas palavras do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que não pretende repetir a tolerância de atraso vista na Copa das Confederações para a competição principal a ser realizada no Brasil.

O dirigente manifestou otimismo em relação ao cumprimento do prazo de dezembro de 2012 para a entrega das arenas do Mundial. Para ele, não haverá necessidade de troca ou veto nenhuma cidade-sede entre as 12 que estão incluídas na competição. Na Copa das Confederações, o prazo era de dezembro de 2012, mas só duas arenas estarão prontas, e assim mesmo parcialmente com itens a serem testados.

Obras na Arena Amazônia
Obras na Arena Amazônia

"Não acho que não haverá estádio excluído. Um estádio deve se apressar, e estou falando de Manaus. Nos outros estamos no caminho para dezembro de 2013. Estamos dentro do cronograma de testes para a Copa das Confederações. Mesmo que seja dado o estádio em abril, vamos trabalhar para realizar os testes. Temos nos concentrado nos seis estádios da Copa das Confederações. Mas tenho certeza de nove entre dez que teremos os 12 estádios para a Copa", afirmou Valcke.

O Estado do Amazonas disse já ter superado os problemas que levaram a Fifa a acreditar que haveria um atraso na entrega das obras. Segundo Miguel Capobiango, coordenador da Copa-2014 para o Amazonas, a questão era relacionada à cobertura da arena.

"A situação a que eles estavam se referindo ocorreu há um mês. Não tínhamos contratado a cobertura metálica, mas já resolvemos isso. Conseguimos superar. Isso podia interferir no prazo, mas não é mais um problema", explicou Capobiango.

O estádio de Manaus está orçado em R$ 550 milhões, cerca de 10% a mais do que o preço inicial. Apesar das questões ligadas à cobertura, o Estado do Amazonas informou que não há previsão de aumento neste valor de custo.

Embora ainda exista atenção com os estádios, Valcke explicou que o maior teste na Copa das Confederações será em relação à mobilidade dentro das cidades para os habitantes locais. "Será menos sobre estrangeiros. Vamos focar na cidade dentro da mobilidade para teste, assim como para recepção pelos aeroportos", contou o dirigente.

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