Governo do RJ busca novo empréstimo para pagar reforma do Maracanã para Copa

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Arena

    Reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro, já conta com apoio de dois empréstimos

    Reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro, já conta com apoio de dois empréstimos

A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 atingiu nesta semana 70% de sua execução. O governo do Rio de Janeiro, entretanto, ainda não sabe como irá pagá-la.

Apesar de já ter obtido dois financiamentos para adaptar o estádio às exigências da Fifa, o Estado do Rio de Janeiro está negociando um novo empréstimo para bancar a obra. O crédito, desta vez, viria da Caixa Econômica Federal. Sua liberação está em análise no banco.

Na terça-feira, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que autoriza o governo a contratar esse financiamento. A proposta foi encaminhada para a análise dos deputados pelo próprio governador Sérgio Cabral, e votada em regime de urgência.

Cabral pediu aos parlamentares do Rio de Janeiro o aval para emprestar R$ 1,2 bilhão da Caixa. Esses recursos devem ser usados em obras de rodovias, programas de habitação e na ?reforma e adequação do estádio do Maracanã?, segundo o projeto.

ORÇAMENTO ESTOURADO EM R$ 9 MI

  • Marizilda Cruppe/BBC Brasil

    A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 já custa R$ 9,1 milhões a mais do que o oficialmente previsto pelo governo do Rio de Janeiro. O contrato firmado para as obras no local passou por uma correção monetária. Com isso, o custo das adequações, que estava estimado em R$ 859,9 milhões, atingiu a marca de R$ 869,1 milhões no final do mês de agosto.

A reforma do estádio para a Copa do Mundo está orçada em R$ 859,9 milhões. A obra, porém, já custa R$ 869,1 milhões. Isso porque, em agosto, o contrato com as empreiteiras foi reajustado com base na correção monetária (veja ao lado).

Desse valor, R$ 400 milhões serão pagos com recursos emprestados pelo BNDES. Outros R$ 200 milhões virão de um empréstimo da Corporação Andina de Fomento (CAF). Os cerca de R$ 270 milhões restantes deveriam ser pagos com o caixa governo, de acordo com o que havia informado a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro em junho.

Naquele mês, o vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, chegou a anunciar que o Banco do Brasil emprestaria mais R$ 200 milhões para a obra. No entanto, no dia seguinte, a secretaria informou que Pezão havia cometido um erro. O empréstimo não viria para a reforma do estádio.

O UOL Esporte procurou na quarta-feira a mesma secretaria para saber quanto do empréstimo da Caixa o governo do Rio pretende usar no Maracanã. O órgão não soube dizer. Esse detalhamento deve ser divulgado após a sanção, pelo próprio governador, do projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa na terça-feira.

O deputado estadual André Corrêa (PRB) também foi procurado. Ele é o líder do governo na Assembleia, mas também não soube dizer como deve ser aplicado o empréstimo da Caixa. Informou que isso deveria ser perguntado ao governo.

O governo, por meio da Secretaria de Obras, só informou que decidiu solicitar o novo empréstimo para pode usar o dinheiro que seria empregado no estádio em outras obras. Não citou quais. Informou ainda que a contratação do terceiro financiamento à reforma do Maracanã não acarretará em custos-extras.

?O empréstimo a ser contraído não vai alterar o orçamento final da reforma?, informou em nota. ?Os recursos servirão para reforçar o caixa do Estado para investir em outras obras.?

A Caixa Econômica Federal disse que, como a concessão do crédito ainda está sob análise, não vai se pronunciar sobre o assunto. Segundo o governo do Rio, não há qualquer risco de prejuízo ao ritmo das obras caso o financiamento venha a ser negado pelo banco.

A previsão é que o Maracanã seja reaberto em fevereiro de 2013. Além dos jogos da Copa do Mundo, o estádio receberá partidas da Copa das Confederações.

Obras da Copa
Obras da Copa

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