Base do Brasil na Copa das Confederações, Goiás não era 1ª opção de Mano e Andrés
Paulo Passos e Renan Prates
Do UOL, em São Paulo
Anunciada pela presidente da CBF, José Maria Marin, na última quarta-feira, a escolha de Goiânia como sede do Brasil para a Copa das Confederações de 2013 não era a primeira opção da comissão técnica da seleção. A definição aconteceu por um arranjo político de Marin com cartolas locais e o governador do Estado, Marconi Perillo. O UOL Esporte apurou que Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, e o técnico Mano Menezes preferiam Belo Horizonte e São Paulo como opções para receber a seleção.
A escolha de Goiânia foi uma compensação à cidade, que não receberá nenhuma partida da Copa do Mundo, nem da Copa das Confederações. Em troca, o estado seria sede da Copa América de 2015. O torneio, entretanto, acabou sendo transferido para o Chile.
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"Ficamos tristes com o fato de não estarmos na Copa do Mundo. Mas receber a seleção na preparação para a Copa das Confederações nos deixa extremamente alegres", afirmou Marconi Perillo, no anúncio desta quarta.
O governador deixou claro que o Estado pagará a conta do que for preciso para satisfazer as exigências da CBF. No jogo da última quarta-feira, contra a Argentina, por exemplo, o poder público local gastou R$ 2 milhões somente na compra de ingressos distribuídos para os torcedores. Com os 22 mil bilhetes subsidiados, o Serra Dourada esteve quase lotado na vitória do Brasil por 2 a 1.
Agora, resta definir onde em Goiânia que a seleção treinará antes da Copa das Confederações. "É uma escolha da comissão técnica", disse Marin. A pedido dos dirigentes locais, o presidente da CBF quer que a seleção use os CT's do Atlético-GO e do Goiás. Com isso, os dois clubes ganhariam reformas bancadas pelo governo do Estado.
A comissão técnica da seleção prefere que o time treine na Serrinha, sede administrativa do Goiás, que fica mais perto da cidade. O time ficará hospedado em um hotel e, não, no CT dos clubes.
Após o jogo de quarta-feira, Mano Menezes disse que questões logísticas definiram a escolha. Goiânia está a 200 km de distância de Brasília, local do jogo de abertura da Copa das Confederações.
"O que mais precisamos é uma boa condição de treinamento, sem deslocamentos tão grandes. Precisamos também de uma privacidade para manter o foco no trabalho", disse o técnico.