Em sua primeira volta ao Brasil após o episódio do "chute no traseiro", Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, garantiu que apesar dos problemas a entidade maior do futebol mundial jamais pensou em retirar a Copa do Mundo de 2014 do país. Em março, a expressão polêmica foi usada pelo secretário ao criticar a organização do evento e atraso nas obras. A declaração causou uma crise entre a Fifa e o governo federal.

Nesta quarta-feira, durante a divulgação da tabela da Copa das Confederações de 2013, em um hotel da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de janeiro, Valcke amenizou o discurso. "Nunca chegou na minha mesa uma proposta nesse sentido. O nosso planejamento segue normalmente de acordo com a ideia de todos os envolvidos", afirmou.

Em entrevista coletiva, Valcke por várias vezes falou da união entre Fifa e governo federal para a organização do Mundial de 2014. Quando perguntado sobre sua recepção no país após as críticas, o secretário-geral da Fifa preferiu desconversar: "O clima é ótimo e a temperatura é muito agradável nesta época do ano", disse ele, sobre suas impressões ao voltar ao Brasil.

Por causa do "chute no traseiro", o ministro do Esporte Aldo Rebelo chegou a pedir o afastamento de Valcke das negociações sobre a Copa. Valcke, então, pediu desculpas por suas declarações. As desculpas foram aceitas e ele voltou a encontrar-se com membros do governo.

O primeiro encontro foi em uma reunião entre Fifa e governo em Zurique, na Suíça, no início do mês. Nesta quarta-feira, Valcke participou da divulgação da tabela da Copa das Confederações de 2013, no Rio de Janeiro. No evento, Rebelo manteve o clima amistoso.

No evento desta quarta, Valcke não fez críticas ao andamento das obras para a Copa do Mundo. Apesar de relatórios da própria Fifa apontarem alguns atrasos em estádios do Mundial, ele preferiu não reclamar e disse que vai se esforçar "150%" para que tudo dê certo.