Meia Kaká jogou três jogos na Copa: foi substituído em dois e expulso em outro |
Kaká recebeu atenção especial da comissão técnica da seleção desde o início da preparação. Um planejamento específico foi feito em razão do grave problema no púbis e da lesão muscular na coxa. A meta era deixar o camisa 10 na sua melhor condição na segunda fase da Copa do Mundo para um confronto de grande exigência e grande duração. A hora chegou. Diante da Holanda, nesta sexta-feira, o objetivo é que Kaká fique em campo durante os 90 minutos pela primeira vez. O problema é se a partida se alongar até prorrogação e pênaltis.
Assim como Kaká, o atacante Arjen Robben vive a expectativa de disputar uma partida completa pela primeira vez na Copa do Mundo nesta sexta-feira. O camisa 11 chegou à África do Sul depois de toda a delegação holandesa por causa de uma lesão na coxa esquerda sofrida no último dia 5, durante amistoso contra a Hungria.
Robben corria o risco de perder toda a primeira fase, mas estreou na última rodada do grupo E contra Camarões. O atacante entrou no segundo tempo, jogou 17 minutos, recebeu oito bolas e ainda acertou a trave. A primeira partida como titular ocorreu contra a Eslováquia pelas oitavas.
O jogador do Bayern de Munique permaneceu em campo por 70 minutos e marcou um dos tentos da vitória por 2 a 1. Segundo o Datafolha, ele deu quatro dribles certos - o mais eficiente no fundamento -, deu 22 passes (19 certos), recebeu 20 bolas e finalizou duas vezes, sendo as duas na direção do gol.
O duelo diante dos holandeses, às 11h (de Brasília), promete ser equilibrado e aberto. O confronto vale vaga nas semifinais. Se o placar estiver empatado ao fim dos 90 minutos, o jogo terá 30 minutos de tempo extra. Se a igualdade persistir, pênaltis. Kaká é o principal batedor do Brasil. Resta saber se terá perna para tudo isso.
Kaká ainda não disputou um jogo completo neste Mundial após três participações. Na estreia, contra a Coreia do Norte, foi substituído aos 32min do segundo tempo por Nilmar. O meia quase completou a partida seguinte diante da Costa do Marfim (3 a 1), mas foi expulso antes. Mesmo assim, pôde se poupar depois que a seleção abriu boa vantagem no marcador.
O camisa 10, então, descansou contra Portugal e voltou nas oitavas de final contra o Chile. O Brasil fez 3 a 0, garantiu a vaga e preservou Kaká. Kleberson entrou em seu lugar aos 36min da etapa final. Os 90 minutos não parecem ser um grande problema para o armador. O problema é que eles devem acontecer na partida mais importante da seleção na Copa e podem se transformar em 120 minutos.
Duas horas de futebol em alto nível desgastam qualquer atleta, e mais ainda um jogador que nos últimos quatro meses fez apenas uma partida completa. Kaká só suportou 90 minutos no amistoso contra a Tanzânia, quando o Brasil goleou por 5 a 1 e ele pôde administrar seu desgaste físico.
“O Kaká ficou quase cinco meses sem jogar 90 minutos e fizemos todo um trabalho elaborado, uma preparação muito apurada, juntando parte física e médica”, relembrou Dunga na última segunda-feira, usando informação que se tornou recorrente nas análises sobre o desempenho recente de Kaká.
Além da questão física, o camisa 10 do Brasil ainda não conseguiu deslanchar, apesar das três assistências que já deu nesta Copa. Suas jogadas mais características ainda não encaixaram. A arrancada com força e velocidade não foi vista com eficiência.
O Brasil espera passar pela Holanda sem precisar da prorrogação e muito menos dos pênaltis. Kaká também. Sua meta é completar os 90 minutos com intensidade, algo que não consegue há quatro meses.
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