Brasil desequilibra confronto com "goleada" sobre a Holanda nos fundamentos

Brasil e Holanda disputam as quartas de final da Copa do Mundo nesta sexta-feira, às 11 horas (horário de Brasília), em um duelo considerado emocionante pelo que as duas seleções já apresentaram em campo nas quatro partidas disputadas. Holandeses têm 100% de aproveitamento, contra os 83,3% dos brasileiros (empataram um jogo), mas a equipe comandada por Dunga marcou oito gols e o país liderado pelo meia-atacante Robben fez sete. Aparentemente, o confronto promete ser parelho. Porém, avaliando as estatísticas mais a fundo, os dados impressionam positivamente em relação ao Brasil. Entre os dez fundamentos mais importantes para a evolução de uma partida, a seleção pentacampeã do mundo supera a Holanda em nove.

Aqui a seleção brasileira é invencível

Brasil

Holanda

112	Desarmes	108
18	Dribles	12
58	Faltas cometidas	63
19	Finalizações	14
91%	Aprov. de passes	85%
26	Escanteios conquistados	17
5	Recuos	21
4	Impedimentos	15
16	Cruzamentos certos	15

Veja a comparação completa destas seleções

Com os números na mão, o Brasil pode entrar em campo com a confiança de um favorito. As diferenças mais gritantes estão no recuo de bola e nos impedimentos. Os brasileiros dão quatro passes para trás em média por partida. Os holandeses entediam o jogo com uma média de 21 toques em direção à defesa. Em quatro jogos disputados, os jogadores do Brasil se colocaram em posição de impedimento em apenas quatro oportunidades. Mais desatentos, os holandeses foram flagrados 15 vezes em condição irregular.

A seleção brasileira também é superior nos desarmes, na quantidade de dribles, no número de finalizações a gol e no aproveitamento dos passes e dos cruzamentos. Mais eficiente no ataque, o grupo liderado por Dunga conquistou mais escanteios e cometeu menos faltas do que os holandeses.

A humilhação estatística poderia ter sido pior se a Holanda não tivesse sido mais eficiente no número de bolas perdidas. Neste fundamento, o país europeu vence com enorme facilidade. Enquanto os brasileiros perderam 45 vezes o domínio da bola em média por partida, os holandeses desperdiçaram 27 vezes o controle da bola em média por jogo.

Individualmente, o atacante Robinho está entre os dez mais dribladores da Copa, com uma média de 3,3 pedaladas por partida. Por outro lado, o jogador do Santos também contribuiu para o índice negativo do Brasil em bolas perdidas. O “soneca” da seleção desperdiçou mais de 10 bolas dominadas por partida, sendo superado nesta Copa somente pelo atacante japonês Honda (com 13).

Felipe Melo, um dos atletas mais contestados da seleção de Dunga antes mesmo do início da Copa do Mundo, é o quinto jogador do Mundial que mais recebeu bolas, com uma média de 53 por partida. E o mais impressionante: não perdeu mais de duas vezes o controle da Jabulani.

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