AFP

Destaque da Alemanha, Ozil foi reserva de Diego (Werder) e Lincoln (no Schalke 04)

02/07/2010 - 07h00

'Professores' de Ozil, meias Diego e Lincoln exaltam fase do meia alemão

Bruno Thadeu e Jorge Corrêa
Em São Paulo
  • Divulgação/Bundesliga

    "O Ozil dava sinais de que seria um grande atleta", opina Diego, ex-companheiros de Werder Bremen

Mesut Ozil, 21, chegou à Copa como um desconhecido para muitos. Bastaram algumas apresentações para se tornar referência do meio-campo da Alemanha, sendo até comparado com Lionel Messi, rival deste sábado, às 11 horas, na Cidade do Cabo, jogo que decidirá um dos semifinalistas do Mundial.

Agora uma neocelebridade, Ozil durante anos conviveu com a condição de “coadjuvante” dos meias brasileiros Lincoln e Diego, que trilharam carreiras de sucesso na Alemanha. Os três têm funções parecidas. Ozil era opção no banco do Schalke 04, que tinha Lincoln como titular da meia. Em seguida, o alemão foi para o Werder Bremen, que tinha outro "dono" do meio-campo: Diego.

Espectadores nesta Copa, Lincoln e Diego adotam discursos parecidos ao analisar Ozil. Ambos tratam o meia como um jogador que explodiria “a qualquer momento”. A performance de Ozil no Mundial não surpreende os jogadores brasileiros.

MESSI E OZIL: CÉREBROS NAS SEMIS

  • A promessa Mesut Özil já foi comparada a Lionel Messi, mas o alemão vem mostrando muito mais semelhanças com o atual melhor do mundo do que apenas uma boa perna esquerda. Com 21 e 23 anos, respectivamente, os dois meias estão entre os destaques individuais da Copa do Mundo.

“Todos sabiam da possibilidade do Ozil se tornar um grande atleta logo cedo. Antes de fechar com o Werder, ele recebeu proposta do Manchester United”, lembrou Diego, atualmente na Juventus.

Ozil coordena o sistema ofensivo alemão nesta Copa do Mundo. Ele é o principal garçom do time, com 1,5 assistência por jogo, conforme levantamento feito pelo Datafolha. O bom rendimento em campo fez com que Ozil seja apontado como um dos candidatos à revelação da Copa do Mundo.

“Ele sempre foi um jogador de muita técnica e já vinha apresentando isso dentro de campo pelo Werder. Ele não apareceu agora na seleção, já mostrava talento no futebol alemão. A Copa do Mundo foi a chance que ele teve de mostrar isso a todos”, complementou Diego ao UOL Esporte.

Ídolo do Schalke 04 e hoje jogador do Palmeiras, Lincoln diz ter sido um dos “padrinhos” de Ozil no clube alemão, fazendo lobby para que o então atleta da base chegasse ao principal do Schalke.

“Eu acompanhei o surgimento de um garoto [Ozil] que apresentava um futebol muito consistente e rápido na equipe juvenil. Ele era constantemente chamado para completar os treinos do profissional e impressionou a mim e ao Bordon. Por isso, pedimos ao nosso treinador para que o levasse para jogar conosco”, respondeu Lincoln, por e-mail.
 

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