29/06/2010 - 08h32

Sem modéstia, Simon diz que "dignifica" a arbitragem brasileira

Mauricio Stycer
Em Pretória (África do Sul)

“O Dunga não quer falar com vocês, tem que vir falar comigo, né?”, brinca Carlos Eugenio Simon ao ver duas dezenas de jornalistas brasileiros aguardando para ouvi-lo. Único árbitro brasileiro na Copa do Mundo – a terceira que participa – Simon seguiu estritamente as proibições da Fifa e não falou nem sobre erros cometidos em campo nem sobre o uso da tecnologia como ferramenta auxiliar às arbitragens.

Envolvido em inúmeras polêmicas ao longo da carreira, o árbitro brasileiro fez várias piadas, mas evitou tratar de qualquer assunto mais delicado: “Sobre o que a gente pode falar? Sobre a temperatura”, brincou. “Ou sobre o livro ‘Invictus’, que acabei de ler”, riu.

Indagado se já cometeu um erro do calibre dos equívocos vistos nesta Copa, Simon disse: “A nível internacional, nunca aconteceu comigo”.

Sobre as atuações do trio brasileiro nas partidas entre EUA e Inglaterra e Alemanha e Gana, Simon deixou a modéstia de lado e observou: “Fomos muito bem. Recebi muitos elogios”. E ainda: “Dignificamos a arbitragem brasileira”. Também elogiou a própria forma física: “Tenho 44 anos, 70 quilos e 1m79. Estou em condições físicas extraordinárias”.

Simon diz que ainda não sabe se vai se aposentar em agosto ou em dezembro. “Estou escrevendo um livro sobre as minhas participações em Mundiais (esteve em 2002 e 2006 também) e na volta das férias decido quando vou parar”.

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