Fifa desiste de processar holandesas do vestido laranja e encerra polêmica

As modelos do vestido laranja não têm mais com o que se preocupar. Nesta terça-feira, a promotoria nacional da África do Sul anunciou oficialmente que não prosseguirá com o processo contra as duas torcedoras holandesas, que foram presas acusadas de participar do caso de “publicidade encoberta” na estreia do país na Copa do Mundo.

“A Fifa não tem interesse em prosseguir com o caso. Houve um acordo entre todas as parte e decidimos exercitar a discrição não continuando com a acusação”, afirmou Mthunzi Mhaga, porta-voz da promotoria sul-africana.

Barbara Castelein e Mirthe Nieuwpoort participaram de um grupo de 36 mulheres que foram assistir à partida da Laranja Mecânica contra Dinamarca trajando o vestido de uma cervejaria holandesa, que não faz parte do grupo de patrocinadores oficiais do Mundial.

Apesar de a roupa não conter nenhum logotipo da marca, elas foram forçadas a deixar o estádio em Johanesburgo por fazer propaganda ilegal. Depois disso, as duas holandesas chegaram a ser presas pela polícia local, o que gerou grande polêmica em torno do assunto.

Mas após protestos da cervejaria Bavaria e do Ministério das Relações Exteriores da Holanda, a Fifa não prosseguiu com o caso. Elas deixaram a prisão depois do pagarem fiança de valor equivalente a R$ 2 mil, mas ainda teriam que passar por um julgamento nesta terça, o que não aconteceu.

"Disseram que a publicidade encoberta era um delito na África do Sul, que iam nos deter e que teríamos que passar seis meses na prisão", afirmou Barbara Kastein depois de pagar a fiança.

O comentarista Robbie Earle, que trabalhava no canal britânico ITV, foi demitido pela emissora por ter cedido as entradas no Soccer City às 36 mulheres. Depois de perder o cargo, ele afirmou "não saber que estava fazendo algo incorreto". Earle é um dos embaixadores da candidatura britânica para sediar a Copa de 2018.

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