Reuters

'Queremos um vestido novo', ironiza cartaz. Fifa proíbe comercial indireto

19/06/2010 - 10h28

Irônicas, holandesas burlam veto da Fifa e pedem 'novo vestido laranja'

Das agências internacionais
Em Durban (África do Sul)

JAPONÊS FALHA, E HOLANDA VENCE

  • Getty Images

    O jogo bonito e ofensivo da Holanda, tão comentado antes da Copa do Mundo, ainda não apareceu. Mas o time dos Países Baixos vai cumprindo seu papel com eficácia, mesmo sem encher os olhos da torcida. Neste sábado, a Laranja Mecânica derrotou o Japão por 1 a 0, em Durban, e ficou a um passo da classificação apesar das dificuldades no confronto.

A guerra entre Fifa e um grupo de modelos/torcedoras da Holanda teve novo capítulo neste sábado. A entidade que controla o futebol mundial havia vetado a presença de mulheres trajando específico vestido na cor laranja, acusando-as de propaganda indireta (pois fazia referencia à cervejaria Bavária). A proibição não teve efeito.

Como resposta, algumas mulheres conseguiram assistir da arquibancada ao jogo vencido pela Holanda sobre o Japão, 1 a 0, mesmo com o vestido polêmico. Mais: elas ainda fizeram deboche.

“Ok. Nós queremos um vestido novo”, destacava cartaz levantado pelas belas moças.

Por entender que o vestido fazia referência à cervejaria holandesa, a Fifa apertou o cerco contra as modelos, contratadas especialmente para fazer propaganda no estádio.

Barbara Castelein e Mirthe Nieuwpoort, duas das 36 mulheres do vestido laranja, foram presas e processadas por um tribunal que cuida de assuntos relativos ao Mundial. As modelos só foram liberadas após o pagamento de fiança de US$ 1.319.

Em nota, a Bavaria havia comunicado na quinta que cancelaria qualquer tipo de publicidade na África do Sul durante a Copa do Mundo.

A empresa afirma “fazer o possível” para ajudar as duas mulheres presas pela polícia sul-africana, proporcionando assistência legal e de habitação no país. Também na nota, a Bavaria lembrou que não estampou seu nome no vestido e que vendeu cerca de 200 mil trajes iguais nos supermercados holandeses (eles podem ser adquiridos por quem comprar oito unidades da cerveja).

Barbara e Mirthe ficaram presas porque a “publicidade encoberta” é considerada um crime na África do Sul.
 

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