Time do passe e do drible, Espanha luta contra má pontaria para reagir

A Espanha sucumbiu de forma surpreendente na estreia da Copa diante da retranca da Suíça, mas os torcedores não podem reclamar que a equipe do técnico Vicente Del Bosque mudou o seu estilo de jogo. Envolvente nos últimos quatro anos, inclusive quando conquistou a Eurocopa em 2008, a Fúria manteve a característica de tocar a bola e partir para cima do adversário.

Prova disso são os números. Segundo o Datafolha, a Espanha foi o time que mais trocou passes na primeira rodada do Mundial (565, contra 547 do segundo colocado Brasil) e mais driblou (27, contra 23 do Brasil). O problema foi o arremate a gol.

O goleiro suíço Benaglio se consagrou e realizou cinco defesas importantes, além de mais oito intervenções. Os espanhóis finalizaram 21 vezes a gol, e o índice de pontaria foi de 24% (apenas o 20º melhor entre as 32 seleções participantes).

"No futebol, para ganhar você precisa jogar de uma forma ortodoxa. E foi o que fizemos. Buscamos alternativas pelos lados, colocamos o [Fernando] Torres no centro. Mas eles se defenderam muito bem. Acredito nessa receita para sair dos momentos difíceis", comentou o treinador após o revés, bancando a postura de seus comandados.

No primeiro tempo a Fúria sentiu falta de um centroavante. Torres está sem ritmo de jogo, pois ficou parado durante dois meses por conta de uma lesão no joelho, e esquentou o banco. Entrou na etapa final e finalizou quatro vezes, todas para fora.

Para encarar Honduras, segunda-feira, às 15h30, Del Bosque pode mexer no time. Cesc Fábregas é um postulante a ganhar uma vaga no meio-campo.

"Ele nos daria mais toque de bola e chegada a gol. Acho que tem muitas condições e está claro que, se o técnico optar por colocá-lo no time, vai dar muito à equipe", opinou o zagueiro Piqué.

*Com agências internacionais

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