Fã de futebol, Federer mostra camisa de seu time do coração, o FC Basel, durante Aberto de Montecarlo de 2010: o craque do tênis viu um pouco de sua contribuição na façanha da Suíça contra a Espanha na Copa
Enquanto não inicia sua participação no Torneio de Wimbledon, o tenista Roger Federer acompanha empolgado o surpreendente desempenho da Suíça na Copa do Mundo. Não só porque é sua terra natal: maior ídolo do esporte em seu país, ele próprio contribuiu para que seus compatriotas pudessem se reerguer de uma humilhação, se classificar para o Mundial e bater a Espanha em sua estreia.
Dia 10 de setembro de 2008. Suíça e Luxemburgo jogavam em Zurique sua segunda partida pelas eliminatórias para a Copa da África do Sul. O time da casa não tinha dúvidas de que era favorito – jogava em seus domínios, contra um país minúsculo, de apenas 450 mil habitantes e nenhuma tradição no futebol.
Mas a três minutos do fim do jogo, a Suíça tomou o gol que decretou a vitória de Luxemburgo, por 2 a 1. Ninguém acreditava.
Após esse baque, o alemão Ottmar Hitzfeld, técnico dos suíços, tinha de agir. Ele mesmo um vencedor, com duas Ligas dos Campeões e sete Campeonatos Alemães no currículo, tinha noção do que era estar no topo e de como sua equipe estava desmoralizada. Foi aí que chamou o ídolo do tênis.
“O técnico me disse que eu poderia ser uma inspiração para o time e que os jogadores poderiam me fazer perguntas sobre como lidar com a pressão, sobre como faço para jogar bem todo dia”, conta Federer.
No campo de treinamento, os jogadores da seleção suíça escutaram atentivamente o “professor Federer”. “Eles estavam todos sentados à minha frente, como se estivéssemos numa escola”, relembra o atual número 2 do mundo ao tabloide inglês The Sun. “Sempre disse a Hitzfeld: ‘se você precisar de mim novamente, adoraria encontrar os jogadores de novo”.
Uma só aula de Federer foi o suficiente: a Suíça jogou suas oito partidas restantes pelas eliminatórias, não perdeu mais nenhuma e se classificou para a Copa do Mundo.
Tudo bem, o grupo da Suíça não era lá essas coisas: brigaram por uma vaga com Grécia, Israel, Letônia, Moldávia e Luxemburgo.
Mas os suíços chegaram ao Mundial da África do Sul e não decepcionaram: venceram logo de cara a toda-poderosa Espanha por 1 a 0. Federer, claro, acompanhou tudo dos bastidores de Wimbledon, na Inglaterra.
“Eu estava realmente muito nervoso durante o jogo", conta o tenista. "Não estávamos controlando a partida. Mas foi ótimo. Foi uma vitória histórica, maravilhosa para nosso país. Estou feliz por ter ajudado. O Hitzfeld é um cara ótimo, estava muito empolgado depois da vitória contra a Espanha”.
E não só Federer arranca os cabelos nos bastidores de Wimbledon por causa da Copa. O suíço conta que, nos vestiários do All England Club, onde o tradicional torneio de tênis é disputado, a todo momento se ouvem bochichos sobre a performance das seleções na África do Sul.
“Eles passam os jogos no vestiário, é bom. Você cruza os jogadores e todos, até as mulheres, acabam falando sobre a Copa do Mundo, quando normalmente só falamos ‘oi’ um ao outro”.
Na próxima segunda-feira, quando a Suíça fará sua segunda partida pelo Grupo H da Copa do Mundo contra o Chile, começa também o Torneio de Wimbledon. Federer, como fã e motivador do futebol suíço, estará com a cabeça nos gramados – das quadras da Inglaterra e dos campos da África do Sul.
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