Benjamin Huggel canta hino da Suíça antes de partida contra a Espanha na Copa
Ficando na sua, sem provocar alarde, como manda a tradição de neutralidade de seu país, a seleção da Suíça continua mantendo o discurso de “azarão” em relação ao Chile, mesmo depois da surpreendente vitória por 1 a 0 sobre a Espanha na estreia da Copa do Mundo.
A estratégia de se manter com o rótulo de “zebra”, segundo o meio-campista Benjamin Huggel, faz bem à equipe alpina, pois a mantém num estado de espírito positivo, sóbrio, sem permitir salto-alto em campo.
“Adoramos este papel de ‘pesadelo dos favoritos’. Ottmar Hitzfeld [técnico da seleção suíça] convenceu a gente de que podemos dar problemas para qualquer time”, confiou Huggel nesta em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
O lateral Stephane Lichtensteiner faz coro a seu companheiro, afirmando que tamanho é sim, documento. "Um pequeno país como a Suíça dificilmente será favorito a uma Copa do Mundo. Podemos nos tornar o temor dos favoritos e sermos capazes de incomodá-los, mas não perdemos nosso senso de realidade".
Esta modéstia é marca do técnico alemão Ottmar Hitzfeld em seus dois anos à frente da seleção da Suíça, mesmo com a classificação direta para a Copa do Mundo ao vencer seu grupo e a recente vitória sobre a Espanha. Antes da partida inaugural, o técnico já havia se rasgado em elogios aos espanhois, declarando que "têm o melhor goleiro, o melhor meio de campo, o melhor ataque e talvez a melhor defesa do mundo". Mansinha, de cabeça baixa e olhar de esguelha, a Suíça desbancou o bicho-papão.
Após o sorteio dos grupos, a expectativa de chilenos e suíços era a de que a partida entre eles, a ser realizada na próxima segunda-feira em Port Elizabeth, decidiria quem terminaria em segundo colocado no Grupo H, uma vez que se esperava que a favorita Espanha passasse na primeira posição.
Porém, a vitória por 1 a 0 dos suíços embaralhou totalmente as contas do grupo. Os chilenos veem agora inclusive a possibilidade de terem de decidir uma vaga contra a Espanha, na terceira e última partida da primeira fase.
Mesmo com o grande resultado do primeiro jogo, os suíços jogam a responsabilidade para o Chile. “Sabíamos desde o começo que nossa segunda partida seria a decisiva, mas o Chile continua favorito”, atesta o defensor Steve Von Bergen. “O Chile vai querer se classificar antes de enfrentar a Espanha no último jogo. O time é muito forte, os jogadores são bastante técnicos. Teremos que trabalhar duro para alçarmos o mesmo nível”, concorda Lichtensteiner.
Os suíços dão importância ao fato de o Chile ter terminado em segundo lugar nas eliminatórias sul-americanas, "somente um ponto atrás do Brasil", diz Von Bergen, que termina evocando novamente o tamanho do país e sua pouca tradição no futebol. “Quando você se vê num grupo desse... a Suíça só pode terminar em terceiro lugar”.
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