Com recorde no currículo, Parreira luta para superar marca negativa

Quando a seleção da África do Sul entrar no gramado do Soccer City, às 11h (de Brasília) desta sexta-feira, Carlos Alberto Parreira estará colocando seu nome no topo da galeria dos técnicos que mais participaram de Copas do Mundo. O brasileiro chega, em 2010, ao seu sexto Mundial – dirigiu o Brasil duas vezes (1994 e 2006), além de Kuwait (1982), Emirados Árabes (1990) e Arábia Saudita (1998).

O brasileiro carrega, por outro lado, uma marca tão peculiar quanto negativa: nunca venceu uma partida em Copa do Mundo dirigindo seleções que não a brasileira. Questionado sobre esse aspecto do seu currículo, Parreira minimizou: “As três equipes árabes que eu dirigi eram praticamente amadoras. A grande conquista delas foi ter chegado à Copa do Mundo”.

O principal concorrente de Parreira em termos de Copas no currículo é o sérvio Bora Milutinovic. Ele dirigiu cinco seleções diferentes em cinco Mundiais: México (1986), Costa Rica (1990), Estados Unidos (1994), Nigéria (1998) e China (2002). Nesta Copa, o sérvio não dirigirá nenhuma equipe.

O clima festivo que antecede a estreia da África do Sul na Copa chamou a atenção de vários jornalistas, preocupados se os Bafana Bafana estão focados para a partida de estreia. Na quarta-feira, Parreira, acompanhado de cinco jogadores da seleção, participou de uma grande festa pública, em Johanesburgo, realizada em homenagem à seleção.

O técnico não gostou da observação de um jornalista brasileiro, que comparou o momento atual à criticada preparação do Brasil para a Copa de 2006, em Weggis, na Suíça. “Foi uma manifestação de todo um país. Não fomos lá para festejar. Não temos nada para festejar. Fui lá para agradecer a alegria que o povo está passando. O país só teve uma alegria tão grande quanto essa antes: quando Mandela foi libertado”.

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