Inglaterra aposta em força de sua defesa, setor mais afetado por 'bruxa' de 2010

A poucos dias da estreia na Copa do Mundo, a zaga da Inglaterra segue cercada de dúvidas. Mais afetada pela “bruxa” que atingiu a seleção que os demais setores do time, a defesa sofre constantes alterações de Fabio Capello, que ainda não encontrou seus nomes ideais, mas ainda assim é defendida pelo elenco.

“Eu não acho que devemos nos preocupar com isso [mudanças constantes], este é o jeito dele. Acho que nós nos conhecemos bem, e também como jogamos, por isso não vejo nenhum problema para nós”, disse John Terry.

Nos últimos treinos, Capello tem feito várias experiências no gol, na lateral direita e na zaga, já que não tem um titular absoluto em nenhum dos setores, com exceção de Terry. As dificuldades ficaram ainda maiores ao longo de 2010, quando a Inglaterra sofreu seguidos golpes.

A baixa mais sensível é a de Rio Ferdinand, que está fora da competição por causa de uma lesão no joelho. Na esquerda, o titular Ashley Cole recupera-se de uma lesão no tornozelo, que ameaçou sua participação no Mundial.

Seu reserva, Warnock, só ganhou a vaga pela desistência de Wayne Bridge, que dispensou a convocação por conta do problema pessoal com John Terry, que supostamente teve um caso com sua ex-namorada. O imbróglio também custou a braçadeira de capitão do zagueiro do Chelsea na seleção.

Do outro lado, a inconsistência de Glen Johnson fez com que Jamie Carragher abandonasse a sua aposentadoria internacional, tornando-se mais uma opção para Capello. No gol, posição mais carente da Inglaterra, Robert Green, David James e Joe Hart revezaram-se como titulares durante todas as eliminatórias, e o treinador não confirmou quem começará jogando.

O próprio Ledley King, substituto de Ferdinand na zaga, sofre com uma lesão crônica no joelho, que o tirou de metade da temporada passada. Seu técnico no clube e seus companheiros, no entanto, confiam no seu potencial.

Além disso, o zagueiro do Tottenham ainda não tem o entrosamento ideal com John Terry, seu novo companheiro. “Claro que você precisa de tempo de treinamento, mas Ledley e John são suficientemente inteligentes para entender um ao outro. Não é o ideal, mas você espera que jogadores da qualidade deles façam a coisa funcionar”, disse Frank Lampard, em entrevista à edição online do jornal Times.

“Eles têm no King um jogador que entra em campo e faz o seu trabalho. Eu sou um grande fã dele, e ele estava me parecendo bem no fim do ano, jogando várias vezes em sequência”, disse Harry Redknapp, comandante do Tottenham.
 

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