06/06/2010 - 08h19

Lúcio foge do figurino de capitão e prega humildade, respeito e pé no chão

Mauricio Stycer
Em Johanesburgo

Com o mesmo cuidado exibido nos treinamentos, para evitar qualquer contusão, o zagueiro Lúcio deu entrevista na manhã deste domingo evitando qualquer declaração polêmica ou comprometedora, e exaltando “a humildade e o pé no chão”, além do “respeito” que os jogadores devotam ao técnico Dunga.

O capitão da seleção brasileira disse que o segredo das conquistas, até o momento, da equipe dirigida por Dunga tem sido este. “Humildade e pé no chão. Não podemos perder este espírito”, disse. Quando indagado sobre a possibilidade de o capitão ter alguma divergência com o técnico, como é normal de ocorrer, Lúcio rapidamente respondeu: “Em nenhum momento isso aconteceu. Apesar de eu ter esse jeito durão e não brincar muito, respeito o Dunga. Ele é o treinador, ele é que dá as ordens. A base que tem prevalecido na seleção é o respeito”.

O capitão também disse que não participou de nenhuma discussão sobre a premiação – como seria de se esperar do jogador que representa o grupo. “É uma coisa colocada pela direção, pelo corpo técnico da seleção”.

Questionado sobre a proibição de exibir mensagens religiosas em campo, como fez no final da Copa das Confederações, Lúcio repetiu o figurino das respostas: “É uma coisa imposta pela Fifa, a gente vai respeitar. E nunca aconteceu de isso ser um tema ou um problema dentro da seleção”.

Os elogios a Dunga se estenderam em diferentes momentos da entrevista. Quando questionado se tem uma figura inspiradora em sua carreira, Lúcio disse: “Antes dele ser treinador, recordo bastante a imagem do Dunga levantando a taça de campeão do mundo em 1994. A partir daí passei a sonhar em chegar à seleção brasileira”. Alguém perguntou se o capitão já ensaiou em casa o gesto de levantar a taça, mas Lúcio escapou da armadilha: “Não. Vai ser espontâneo”.

Lúcio também foi diplomático ao falar do ataque da seleção, alvo de dúvidas sobre a sua efetividade. “A seleção a cada dia que passa vem se completando. Eles (atacantes) não estão devendo nada. O momento de errar é agora”.

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