06/06/2010 - 05h01

Seleção busca na Tanzânia maior série sem levar gols na era Dunga

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Johanesburgo (África do Sul)

A ATUAL SEQUÊNCIA INVICTA DA DEFESA

  • AFP/Antonio Scorza

    Brasil 0 x 0 Venezuela - 14 de outubro de 2009
    Brasil 1 x 0 Inglaterra - 14 de novembro de 2009
    Brasil 2 x 0 Omã - 17 de novembro de 2009
    Brasil 2 x 0 Irlanda - 2 de março de 2010
    Brasil 3 x 0 Zimbábue - 2 de junho de 2010

A seleção brasileira pode chegar à Copa do Mundo com a melhor série defensiva desde que Dunga assumiu o comando. Para isso, basta não ser vazada às 12h (de Brasília) desta segunda-feira, diante da Tanzânia, no último teste antes do Mundial. Já são cinco jogos completos sem levar gols. Se completar o sexto, atinge o recorde defensivo do atual grupo.

O Brasil não sofre gols há 510 minutos. O último que conseguiu superar a defesa verde e amarela foi o boliviano Marcelo Moreno, no dia 11 de outubro do ano passado, pelas eliminatórias sul-americanas. Na oportunidade, ele fez o segundo gol da vitória da Bolívia por 2 a 1, estufando as redes de Julio Cesar aos 30min da etapa final.

Na sequência, Venezuela, Inglaterra, Omã, Irlanda e Zimbábue não puderam comemorar gol sobre a seleção brasileira. A sequência atual iguala os cinco jogos de defesa intacta de 2008. Entre junho e outubro daquele ano, Argentina, Chile, Bolívia, Venezuela e Colômbia passaram em branco diante da equipe de Dunga.

Todos os compromissos da primeira “quina” valeram pelas eliminatórias da Copa e tiveram elevado grau de dificuldade. Os duelos contra Chile e Venezuela, por exemplo, foram realizados nos estádios dos adversários.

A atual série conta com oponentes mais fracos. Omã, por exemplo, está apenas em 91º lugar no ranking da Fifa. Zimbábue é a 110ª seleção na lista. E a Tanzânia, adversário desta segunda, ocupa a 108ª colocação.

O Brasil se aproxima do Mundial na África do Sul com sua defesa carregando o status de destaque do time. Além do bom desempenho pela seleção, os jogadores do setor tiveram boas temporadas em seus clubes.

Julio Cesar, Maicon e Lúcio, por exemplo, ganharam a tríplice coroa com a Inter de Milão (Liga dos Campeões, Italiano e Copa da Itália). Juan, pela Roma, foi vice do Italiano e da Copa da Itália. Fechando a defesa titular, Michel Bastos terminou o Francês com o Lyon em segundo lugar.

Além disso, exceção feita a Michel Bastos, os demais defensores se conhecem bem. Maicon vai para sua primeira Copa, mas Juan e Lúcio já foram titulares em 2006. Julio Cesar foi o terceiro goleiro na Alemanha.

“Não diria que somos a defesa mais forte do mundo porque outras seleções também têm grandes jogadores, mas nós nos conhecemos bem, sabemos onde o outro estará. E ainda temos esse tempo para treinar aqui na seleção, então o entrosamento vem mais rápido”, analisou Maicon.

A seleção principal disputou 54 jogos sob o comando de Dunga e sofreu apenas 36 gols, média de 0,66 por partida. Se o ataque do Brasil ainda não arranca suspiros, a defesa passa segurança de sobra para esta Copa do Mundo.

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