05/06/2010 - 07h01

Parreira leva sofisticação e ganha idolatria em restaurante africano preferido

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Johanesburgo (África do Sul)

Existe um lugar da África do Sul que faz o técnico Carlos Alberto Parreira se sentir um pouco mais em casa. O homem que carrega a missão histórica de comandar a primeira seleção africana anfitriã de uma Copa do Mundo tem toda sua personalidade sofisticada acolhida no restaurante Pigalle, em Johanesburgo. A reportagem do UOL Esporte visitou o estabelecimento durante a semana e conheceu histórias da idolatria local ao treinador, além de suas preferências gastronômicas.

PARREIRA DESFRUTA A BOA GASTRONOMIA

  • Bruno Freitas/UOL

    Sala do Pigalle tem vista para uma praça de Sandton

  • Bruno Freitas/UOL

    Técnico brasileiro gosta do vinho Sauvignon Blanc

O Pigalle é um restaurante especializado em frutos do mar, localizado no bairro requintado de Sandton. É lá que Parreira costuma ir, geralmente acompanhado do auxiliar Jairo Leal, para momentos de relaxamento do ofício de liderar os Bafana Bafana.

"Ele vem aqui pelo menos duas vezes por semana", conta a gerente Boba Kocic-Djurasevic, acostumada a recepcionar o treinador brasileiro.

No restaurante, segundo relatos dos funcionários, Parreira costuma ser conservador com seus pedidos, geralmente seguindo o mesmo roteiro de pratos em todas as oportunidades. "Ele sempre começa com um vinho branco Sauvignon", relata a gerente.

Com o paladar despertado pelo vinho, Parreira então parte para a entrada, com mexilhões pretos. Em seguida, passa pela salada Caprese, que serve de preparação o prato principal, o Langoustines, um prato composto por mariscos cozidos no limão e levemente escovados.

"O Langoustines é um prato que o Parreira nunca dispensa", afirma o chef Leon Labuschagne. "Todas as vezes o Mr. Parreira encerra sua refeição com um café espresso", adiciona Maria Mnkandla, garçonete local que costuma atender o treinador.

Ainda de acordo com os funcionários do restaurante, Parreira costuma ser moderado com bebidas alcóolicas, consumindo apenas o vinho na entrada. "Costumam ser sempre ocasiões de negócios com o Carlos. Ele bebe mais suco e água. O antigo treinador, Joel Santana, era nosso cliente também. Ele, sim, bebia com seus amigos", relata a gerente local.

O CARDÁPIO DE PARREIRA

Vinho de entrada Sauvignon Blanc
Prato de entrada Black Mussels (ou mexilhões pretos): preparados no vinho branco, com um toque de pimentão
Complemento Salada Caprese: Mussarela de búfala com fatias de tomate, folhas de manjericão frescas e legumes diversos
Prato principal Langoustines: Mariscos cozidos no limão e levemente escovados
Desfecho Café espresso

Idolatria sul-africana
Às vésperas da Copa, Parreira experimenta em seu restaurante preferido um pouco do entusiasmo a respeito da participação da África do Sul na competição. Recentemente, o treinador dos Bafana Bafana protagonizou momento de aclamação no Pigalle, após a vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia em amistoso de preparação ao Mundial.

"A seleção tinha acabado de vencer bem um jogo de preparação, agora no fim de maio. Foi um momento lindo. Quando o Parreira entrou aqui, todas as pessoas do restaurante se levantaram e o aplaudiram. Cerca de 200 pessoas", conta a gerente.

"Ele é um homem sofisticado e discreto. Trata as pessoas muito bem, todos que o abordam, mas prefere ficar sempre reservado, na mesma mesa de sempre", diz Boba Kocic-Djurasevic.

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