Copa-2014 deve render R$10 bi em arrecadação de impostos, diz ministro do Esporte

Apesar do anúncio de renúncia fiscal da ordem de R$ 900 milhões para as obras da Copa, o ministro do Esporte, Orlando Silva, avaliou, nesta quarta-feira (26), que o retorno financeiro do evento pode render ao país cerca de R$10 bilhões.

“Eu imagino que somando todas as isenções é possível chegar a algo em torno de R$ 900 milhões. Nós fizemos um estudo de impacto econômico da Copa no Brasil e, levando em conta investimento direto, recirculação de recursos, ativamento de várias cadeias produtivas como Construção Civil, Serviços, Turismo, aumento de consumo pode haver arrecadação perto de R$10 bilhões de tributos. Ganho de imagem e ganho real dos impostos, que serão arrecadados no final de todo esse processo”, justifica o ministro.

O ministro participou de cerimônia com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, onde dois projetos de lei referentes à realização da Copa do Mundo de 2014, quando o Brasil será o país-sede dos jogos.

Um deles se refere também à isenção de impostos na construção e reforma de estádios. E o outro projeto de lei autoriza as prefeituras a dar isenções na cobrança de Imposto Sobre Serviços (ISS) tanto à Fifa e à organização da Copa de 2014, quanto à construção e reforma de estádios.

“A redução de ISS [Imposto sobre Serviços] vai ter um impacto muito importante na operação local dessas cidades. Assim como o governo federal vai isentar esses tributos, os Estados têm o compromisso de isentar o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] e as cidades, com a isenção do ISS vai dar mais eficiência, mais agilidade e garantir um custo menor na preparação desses eventos”, disse Silva.

BLOGUEIROS DO UOL

	A abertura da Copa de 2014 será em São Paulo, numa arena nova, em Pirituba Leia
	Integrante do comitê Morumbi 2014 afirma que Walter Feldman garantiu que não há plano B Leia

• LEIA MAIS SOBRE A COPA DO MUNDO

No rápido evento, o ministro do Esporte, Orlando Silva, justificou que a isenção é uma exigência feita pela Fifa a todos os países que sediam Copa e é parte de um conjunto de compromissos assumidos em 2007.

“Temos que estar atentos até porque a partir do dia 11 de julho, logo depois da final da Copa, espero que possamos ter 15 minutos para comemorar o hexacampeonato, porque a partir daí, o mundo inteiro vai se voltar para o Brasil. A atenção total vai estar sobre os preparativos do nosso país para a Copa do Mundo”, destacou o ministro.

Às 15h, o presidente Lula deve receber no Palácio da Alvorada a seleção brasileira de futebol antes da partida deles para a África do Sul, para disputar os jogos da Copa, que começa no dia 11 de junho.

Obras

De acordo com Silva, todos os 12 estádios (nas cidades de Belo Horizonte-MG, Brasília-DF, Cuiabá-MT, Curitiba-PR, Fortaleza-CE, Manaus-AM, Natal-RN, Porto Alegre-RS, Rio de Janeiro-RJ, Recife-PE, Salvador-BA, São Paulo-SP) foram aprovados pela Fifa, após vistorias realizadas durante o mês de maio.

“Amazonas, Mato Grosso e Minas Gerais já começaram as obras. A maioria já está na obra final de licitação. No segundo semestre de 2010, [é possível] haja uma aceleração nas obras. Com base nos fatos que os contratos ou estão assinados ou estão na fase final para assinatura”, avisou o ministro.

O cronograma da Fifa estabelece que os locais estejam prontos até 31 de dezembro de 2012.

Compartilhe: