22/05/2010 - 07h03

Preparador da seleção avisa jogadores: bola só a partir de terça-feira

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Curitiba

Os jogadores da seleção brasileira precisarão esperar pelo menos mais três dias para ter o primeiro contato com a bola. Até segunda-feira os treinos serão totalmente voltados para a parte física. Exames, avaliações, testes... E nada de bola. A comissão técnica tenta conscientizar o grupo que serão necessários esforços de todos em nome de um preparo físico satisfatório.

Os preparadores têm a preocupação de convencer os jogadores da importância dos treinos físicos. Paulo Paixão e Fábio Mahseredjian explicam o objetivo de cada exercício para os boleiros. Sabem que boa parte não vê a hora de começar a treinar com bola. Mas se houver cara feia, problema de quem a fizer.

“É preciso encarar o atleta. Não no sentido de brigar, mas para mostrar que aquele trabalho é necessário. Temos que fazer o exercício e vamos fazer. Vejo assim”, comentou Paulo Paixão.

Segundo a programação traçada pela comissão técnica, não existe possibilidade de a equipe realizar algum treino com bola antes de terça-feira. “Os dois primeiros dias após os exames serão só de parte física. Serão quatro sessões: duas no domingo e duas na segunda. Talvez na terça pela manhã aconteça um trabalho com bola”, explicou Paixão.

A meta dos preparadores é nivelar o grupo. Dos 23 convocados por Dunga, 20 atuam no futebol europeu. No entanto, nomes como Kaká e Luís Fabiano, por exemplo, ainda se recuperam de problemas musculares. E o trabalho feito nos clubes europeus muda em cada caso.

“Não existe preocupação pelo fato de o atleta estar em fim de temporada na Europa. Temos o histórico da maioria dos jogadores e sabemos o que cada um pode receber de trabalho”, amenizou Paixão ao falar dos “estrangeiros”.

Os três jogadores que atuam no futebol brasileiro são Robinho (Santos), Gilberto (Cruzeiro) e Kleberson (Flamengo). O primeiro, contudo, retornou para o time paulista apenas no início deste ano. Ou seja, até dezembro de 2009 conviveu integralmente com o calendário europeu e não teve o mesmo período de férias que Gilberto e Kleberson.

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