12/05/2010 - 10h41

Preparação de Dunga para Copa inclui curso para 'enfrentar' jornalistas

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A coletiva de imprensa que foi dada após o anúncio dos 23 convocados da seleção brasileira para a Copa do Mundo foi uma pequena demonstração de como Dunga será bombardeado pela imprensa. Para segurar a pressão nas entrevistas da fase de preparação e durante o Mundial-2010, o treinador passou por um “media training” em abril.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Dunga preparou-se de forma detalhista para 'enfrentar' o batalhão de jornalistas que vai seguir seu time até a África do Sul. O curso treina executivos, personalidades e políticos a lidar com a imprensa. O recurso é bastante usado. O Palácio do Planalto, por exemplo, tem uma divisão de "media training" só para habilitar ministros e funcionários do alto escalão a darem entrevistas.

Nas explicações sobre as suas escolhas na lista de convocados, o técnico da seleção já usou alguns ensinamentos. Dunga não perdeu a paciência com os jornalistas nem nos momentos em que foi alvo de perguntas mais ásperas. Em vários momentos, fez questão de falar diretamente com o torcedor, olhando para as mais de 30 câmeras posicionadas no fundo do salão.

Ao contrário de outras entrevistas, o treinador evitou o confronto com os jornalistas, papel que coube ao auxiliar técnico Jorginho. Estratégia parecida com a utilizada pela dupla de comandantes de 1994, que tinha Zagallo na trincheira, enquanto Parreira ficava mais resguardado.

Apesar do curso para ‘enfrentar’ a imprensa, Dunga já adiantou que vai endurecer com a mídia esportiva durante a Copa da África do Sul. Ele prega privacidade e pretende combater o oba-oba criado sobre o grupo de 2006. Na última terça-feira, ele aproveitou para oficializar para o público que a exposição será menor, mas por um bem maior, e chegou a pedir desculpas aos torcedores.

“Queremos privacidade para ter um trabalho mais tranquilo, sem muito oba-oba e sem muita confusão. Às vezes nem comissão técnica nem os jogadores criam isso. A cobrança será grande e a seleção só tem uma alternativa: vencer”, argumentou o comandante.

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