Glyn Kirk/AFP

Em sua segunda chance, Grafite substituiu Adriano no amistoso contra a Irlanda

12/05/2010 - 07h04

Grafite vai à Copa com histórico de 79min, um gol e uma assistência pela seleção

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Pouco depois de divulgar os convocados para a Copa do Mundo, Dunga elogiou aqueles que aproveitam as pequenas oportunidades. O recado era sobre Grafite. Se não foram exatamente cinco minutos em campo, não passou muito disso. A maior surpresa da lista ganhou sua vaga com uma curta, mas intensa participação pela seleção brasileira.

Nos únicos dois jogos da carreira em que Grafite vestiu a camisa verde-amarela, ambos amistosos, em nenhum deles atuou como titular. O atacante jogou 79 minutos no total, fez um gol e deu uma assistência.

GRAFITE FALA EM MAIOR EMOÇÃO DA VIDA

  • Julio César Guimarães/UOL

    Maior surpresa de Dunga na convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, Grafite classificou a notícia desta terça como a "maior emoção da sua vida". O substituto de Adriano disse, em seu site oficial, como foi a sensação de ser chamado para a África do Sul após apenas uma convocação anterior na atual gestão. Leia Mais

Pode parecer pouco para alguns, mas o suficiente para Dunga observar o que tanto pede em seus discursos: comprometimento. O sentimento foi comprovado pelo jogador ao descrever como “o melhor momento de sua vida” a chance na África.

Ao convencer o comandante, Grafite tomou o lugar antes absoluto de Adriano, que abusou das polêmicas extracampo envolvendo bebidas, amizade com traficantes, machucados misteriosos, brigas com a noiva, além das seguidas ausências nos treinamentos do Flamengo.

Mas o ex-são-paulino também teve méritos em campo. Foi um dos principais responsáveis pelo modesto Wolfsburg ter se sagrado campeão alemão na temporada 08/09 e terminou a competição como artilheiro com 28 gols.

Na seleção, correspondeu quando acionado. No jogo em que pôde ser avaliado por Dunga, entrou justamente no lugar de Adriano aos 18 minutos da etapa final na vitória por 2 a 0 sobre a Irlanda, em 2 de março, em Londres. Foi decisivo ao receber de Kaká e dar o passe para Robinho marcar o segundo gol aos 30 minutos.

Já sua estreia na seleção dificilmente foi considerada pelo atual técnico, já que aconteceu em um passado um pouco mais distante (em 27 de abril de 2005 ainda com Carlos Alberto Parreira no comando) e em uma partida festiva apenas com jogadores que atuavam no Brasil. Robinho, outro convocado, esteve em campo.

Naquela ocasião, o Brasil venceu por 3 a 0 a Guatemala no Pacaembu em jogo de um protagonista. Romário fazia sua despedida da seleção. Mas Grafite teve participação importante. Entrou aos 38 minutos do primeiro tempo, substituindo o Baixinho.

E deixou boa impressão ao marcar o terceiro gol. Aos 20min do segundo tempo, tabelou com Fernandão, se livrou da marcação e tocou na saída do goleiro Klée.

“Tem pessoas que têm inúmeras oportunidades e acham que sempre vão ter a próxima. Algumas em cinco minutos demonstram porque vieram. Não quero que alguém chegue na seleção e arrebente, mas quero que quando vestir a camisa amarela tenha postura de campeão e a personalidade que demonstra no clube”, afirmou Dunga, em menção clara ao atacante, campeão e artilheiro do Campeonato Alemão pelo Wolfsburg na temporada passada, no ponto mais significativo de seu currículo pré-Copa.

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