21/04/2010 - 13h13

Estudo aponta crescimento econômico de 0,5% na África do Sul após a Copa

Das agências internacionais
Em Johannesburgo (AFS)

Na semana em que a imprensa sul-africana elevou o tom das críticas à organização da Copa do Mundo pelo encalhe de ingressos, os responsáveis rebateram com uma pesquisa. A consultoria Grant Thornton, em estudo assinado por Gillian Saunders, apontou que a economia local vai crescer até 0,5% por conta do evento, que injetaria US$ 1,77 bilhão (R$ 2,9 bilhões).

“Nós revisamos as contas após a crise econômica mundial e as fases de vendas de ingressos, e alguns dos números são encorajadores”, disse Gillian Saunders, na apresentação da pesquisa.

Na última segunda, o site sul-africano sport24.za publicou um texto crítico a respeito da venda de ingressos para a Copa do Mundo. No momento, cerca de 350 mil bilhetes seguem disponíveis, ameaçando a previsão de lucros da competição.

Udesh Pillay, professor do Instituto de Pesquisas Sociais de Pretoria, que escreveu o livro “Desenvolvimento e sonhos – o legado urbano da Copa do Mundo de 2010”, disse que a expectativa em relação ao turismo também estaria sendo superestimada.

Saunders vai pelo caminho contrário. A previsão geral de pessoas que vão à África do Sul já foi reduzida, e até o número de africanos também caiu, de 50 mil para 11 mil. Na visão do especialista da consultoria Grant Thornton, os visitantes de outros continentes gastam mais que os outros e permanecem mais tempo, um bom presságio para os sul-africanos.

“Nós sempre achamos que as pessoas viriam para as partidas na África do Sul, porque é um destino distante, mas parece que é mais do que isso”, disse Saunders, que disse que a média de permanência é de cerca de 18 dias, com idas a cinco jogos e um gasto de mais de US$ 4 mil (R$ 7 mil).

Em 2006, cada visitante assistiu, em média, a duas partidas, número inferior à previsão atual para a África do Sul.
 

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