A procura por ingressos na última semana não foi suficientemente grande para acabar com os encalhes para o Mundial da África do Sul. Com cerca de 350 mil bilhetes ainda à venda, a Fifa corre para encher seus caixas, mas a falta de interesse global no evento preocupa a imprensa do país-sede, que já questiona até o retorno financeiro da competição.
Chamado de Cape Town Stadium desde setembro do ano passado, o estádio-sede do Mundial da Cidade do Cabo tem outro nome em alguns ingressos da Copa do Mundo. Segundo o site iol.za, os bilhetes ainda apontam o Green Point Stadium, como era conhecido o local antes da reforma, como a "casa" dos jogos.
Segundo a Fifa, a gafe aconteceu porque a impressão foi feita antes da modificação oficial ser feita.
“Eu acho que hoje este é um desafio no qual definitivamente temos de trabalhar. Precisamos ter certeza de que todos os estádios estarão cheios e que venderemos todos os ingressos”, disse Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, sobre o assunto.
Na semana passada, a entidade iniciou a quinta e última fase de venda de ingressos, desta vez com postos em shoppings e locais de grande circulação da África do Sul. Neste cenário, os interessados nos bilhetes populares, exclusivos para sul-africanos e que chegam a custar US$ 20 (R$ 35), formaram longas filas e até derrubaram o sistema.
Foram cerca de 140 mil vendas, que não acabaram com os estoques. Para a Fifa, não há perda comercial, pois a entidade já anunciou que recuperou o dinheiro investido no evento. Já o país espera o possível sucesso da Copa para contabilizar o legado, que vai desde a parte financeira até a melhora da imagem no exterior, passando pelo aumento do turismo.
“Dos tíquetes que foram vendidos, muitos foram para sul-africanos pobres, o que reduz a margem de lucro para os organizadores. Os visitantes corporativos também não são mais aguardados em larga escala”, diz um texto crítico sobre o assunto do site sport24.za.
O portal ainda ouviu Udesh Pillay, professor do Instituto de Pesquisas Sociais de Pretoria, que escreveu o livro “Desenvolvimento e sonhos – o legado urbano da Copa do Mundo de 2010”. Para o especialista, a expectativa quanto ao turismo é exagerada, e a projeção de visitantes, que já foi de 500 mil, deve ser reduzida para quase 300 mil.
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