Amauri vira cidadão italiano e já pode ser convocado pela Itália

Em uma cerimônia realizada em Turim, onde atua pela Juventus, o brasileiro Amauri transformou-se, oficialmente, em cidadão italiano. Após o longo processo para obtenção do passaporte, o atacante está apto a ser convocado por Marcello Lippi para a disputa da Copa do Mundo de 2010.

“Eu estou muito feliz e emocionado. Foi uma longa espera, mas agora estou orgulhoso em poder dizer que sou um cidadão italiano. Se eu tiver a oportunidade de vestir a camisa da seleção, serei o homem mais feliz do mundo”, disse Amauri, durante a cerimônia.

Natural de Carapicuíba, o jogador construiu toda a sua carreira na Europa. Seu início se deu na Suíça, em 2000, quando defendeu o Bellinzona. Depois disso, defendeu Napoli, Piacenza, Empoli, Messina, Chievo e Palermo, antes de chegar à Juventus em 2008.

Sua intenção de naturalizar-se italiano é motivada pela ausência de espaço na seleção brasileira. Diante da forte concorrência por uma vaga, Amauri deu início ao processo, que deveria ter sido concluído no segundo semestre do ano passado, mas foi adiado por conta da implantação da nova lei de imigração da Itália.

Neste período, Amauri recebeu críticas de jogadores, dirigentes e pessoas influentes do futebol local, que se opuseram a uma possível convocação. A série de reclamações, inclusive, gerou um desabafo do atacante nesta segunda-feira. Em entrevista ao jornal La Repubblica, ele pediu respeito à sua posição.

“Se mereço a seleção, por que me excluir? Não roubarei o lugar de ninguém se for convocado. O esporte é mérito. Convido todo mundo a observar bem a Itália, os que trabalham nas cozinhas, nas fábricas, nos hospitais, e estrangeiros, gente que veio de fora porque sonhava com outro tipo de vida”, disse Amauri.

A possibilidade de ir à Copa do Mundo por outra seleção, no entanto, quase foi descartada no ano passado, quando Dunga convocou o atacante para um amistoso, justamente contra a Itália. A Juventus, no entanto, não liberou Amauri porque o pedido veio fora do período determinado pela Fifa, e ele nunca mais foi lembrado.

Só que a naturalização não garante a presença do jogador na África do Sul. Questionado sobre as chances de seu novo selecionável, Marcello Lippi foi evasivo, e disse que só iria pensar quando o passaporte fosse liberado.

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