Cadeiras vazias marcam despedida brasileira de sua "casa" europeia

Assim como o jogo da última terça-feira entre Brasil e Irlanda representou o fim do trabalho de preparação do time nacional para a Copa do Mundo, o jogo no Emirates Stadium, em Londres, marcou a despedida da seleção de sua "casa" mais frequentada desde o início da Era Dunga.

E o fim do ciclo de jogos da seleção brasileira na Inglaterra (após a Copa do Mundo haverá renegociação de contrato com a Kentaro) foi, também, o jogo com o menor público no Emirates desde que o Brasil fez sua estréia no local, contra a Argentina, em 3 de setembro de 2006.

Contra a Irlanda, pela primeira vez o Emirates não atingiu a sua capacidade máxima de lotação, que é próxima dos 60 mil lugares. O jogo de maior público foi contra a Itália, com 60.077 pagantes. Só para se ter uma ideia, na partida da terça-feira contra os irlandeses, eram cerca de 40 mil torcedores presentes.

São dois motivos fundamentais para que a presença de público tenha caído no Emirates. O primeiro deles é financeiro. Com menos dinheiro devido à crise global, a população tem consumido menos os ingressos. Soma-se a isso o fato de o time inglês jogar em Londres na mesma semana (nesta quarta-feira a equipe de Fabio Capello faz seu último amistoso pré-Copa) e a queda de público é sentida.

Os jogadores, porém, já estão acostumados ao local. Para o meia Kaká, o campo não é nenhuma novidade para os jogadores, que ainda sentem a falta da torcida para impulsionar ainda mais a equipe.

"Nós já estamos acostumados a jogar aqui, mas é lógico que sentimos falta de atuar mais no Brasil", afirmou.

No que depender da CBF e da agência de marketing esportivo Kentaro, porém, a tendência é de que a seleção continue a atuar mais fora do país. Usando a entidade como uma espécie de carro "abre-alas" para os serviços prestados pela companhia, a empresa tem feito ótimos negócios gerados a partir do Brasil como cliente.

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