A demissão do técnico bósnio Vahid Halilhodzic, da Costa do Marfim, e as especulações sobre o seu possível substituto a menos de três meses do Mundial evidenciaram uma prática comum nas últimas Copas: a busca de países de pouca expressão no futebol por um treinador acostumado a defender seleções em outro idioma. A fórmula tem dado certo. Na maioria das vezes, conseguem levar seleções inexpressivas a resultados surpreendentes. O perfil deles costuma ser parecido. Costumam ser poliglotas e sabem se adaptar a realidades culturais diferentes. O UOL Esporte elaborou uma lista desse tipo raro de treinador. Entre eles, o holandês Guus Hiddink e o francês Philippe Troussier, cotados para assumir o time do astro Didier Drogba na Copa de 2010.
CONFIRA OS PROBLEMAS DAS SELEÇÕES ANTES DA COPA DA ÁFRICA DO SUL
O sérvio Bora Milutinovic treinou seleções diferentes em cinco Copas consecutivas. O curioso é que ele foi o treinador do país-sede duas vezes, mas nunca treinou a seleção do seu país. Em 1986, levou o México às quartas. Em 1994, os EUA só caíram porque pegaram o Brasil. Bora foi para a Copa de 1990, na Itália, com a Costa Rica. Em 1998, na França, dirigiu a Nigéria. Em 2002, na Ásia, foi ao Mundial com a China. Em dezembro de 2009, o sérvio apareceu no sorteio dos grupos da Copa de 2010. Há quem diga que Bora estava lá para ver se pintava um convite de última hora para ir à sexta Copa.
O sérvio treinou seleções diferentes em cinco Copas consecutivas
Em 1994, o técnico levou os EUA às oitavas-de-final contra o Brasil
O holandês Guus Hiddink ostenta o status de herói nacional em dois países. Depois de levar a Holanda até as semifinais da Copa de 1998, na França, Hiddink assumiu o desafio de treinar a Coréia do Sul na Copa de 2002, na Ásia. Conduziu a seleção até as semifinais e virou uma das pessoas mais populares no país. Até então, os sul-coreanos nunca tinham vencido uma partida em Mundiais. O sucesso de Hiddink foi tanto que um estádio da Coreia do Sul foi rebatizado como seu nome. Em seguida, classificou a Austrália para a Copa de 2006, na Alemanha, quebrando um jejum de 32 anos do país.
Russos dizem não saber de acerto de Hiddink com a Costa do Marfim
Técnico levou a Coreia do Sul às semi em 2002 e virou herói nacional
Philippe Troussier é um técnico francês. Mas o trabalho dele é bem mais conhecido em continentes onde o futebol ainda não tem tanto prestígio. Na Copa de 1998, na França, ele treinou a África do Sul. No Mundial de 2002, na Ásia, Troussier conduziu o Japão até as oitavas. Na semana passada, ele foi cogitado para assumir a Costa do Marfim. O técnico treinou a seleção local em 1993. Troussier também assumiu o comando das seleções de Marrocos, Nigéria, Catar e Costa do Marfim. Na França, teve apenas uma passagem rápida pelo Olympique de Marseille, na temporada de 2004/2005.
Troussier é sondado para assumir a Costa do Marfim
Ex-técnico da seleção africana diz ter sido sacrificado
Quando encerrou uma brilhante trajetória como atleta, o francês Henri Michel apostou na carreira de treinador. Com o status de jogador da França na Copa de 1978, onde atuou com Michel Platini, ele virou técnico do seu país na Copa de 1986, no México. Depois de deixar a França, em 1990, virou figurinha carimbada nas seleções africanas. Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, treinou Camarões. Em 1998, na França, defendeu Marrocos no seu país de origem. Ele ainda classificou a Tunísia para a Copa de 2002, mas deixou a seleção antes do Mundial. Em 2006, na Alemanha, treinou a Costa do Marfim.
Troussier treinou a França que eliminou o Brasil em 86
O troco veio em 98, quando o técnico defendia Marrocos
Pouca gente sabe que o técnico Carlos Alberto Parreira tinha apenas 39 anos quando assumiu uma seleção numa Copa pela primeira vez. A estreia foi pelo modesto Kwait, no Mundial de 1982, na Espanha. Em 1990, na Itália, ele comandou os Emirados Árabes. Na sua terceira participação, Parreira conquistou o tetra com o Brasil, quebrando um jejum de 24 anos sem título. Ele ainda disputou a Copa de 1998, na França, com a Arábia Saudita. Em 2006, na Alemanha, voltou a treinar o Brasil. Em 2010, fará a sua sexta participação como treinador em Mundiais, no comando da África do Sul.
Parreira diz que país-sede está pronto para receber a Copa
Confira o vídeo sobre os treinos da África do Sul no Brasil
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