"Não tenho de responder se tem clima", diz Felipão sobre chance de seguir
Do UOL, em São Paulo
Luiz Felipe Scolari ainda trata como incerto o futuro dele no comando da seleção brasileira. Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, o treinador evitou falar sobre saída e minimizou o clima criado na equipe nacional após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014.
"Eu não tenho de responder se tem clima ou não. Não vou discutir clima, principalmente com jornalista. Mas, como eu disse, nós recebemos um apoio nas ruas que foi muito maior do que imaginávamos. Podem acreditar que estamos dizendo a verdade", declarou o treinador.
A derrota do Brasil para a Alemanha foi a maior da história da seleção brasileira. Ainda assim, Scolari evitou tratar o jogo como o término de sua segunda passagem pela equipe nacional.
"Não vejo [o trabalho] como negativo, a não ser pelo resultado, que foi catastrófico. Portanto, não tenho nada a acrescentar e apenas espero que as pessoas pensem um pouco se não tem alguma coisa boa num trabalho que teve apenas uma derrota em jogo oficial", ponderou o treinador.
A despeito do tamanho do revés, a cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ainda não decidiu sobre o futuro de Scolari no comando da seleção. O trabalho do treinador terminará no sábado, na disputa de terceiro lugar da Copa de 2014, mas Marco Polo del Nero, presidente eleito da entidade nacional, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que a intenção é mantê-lo.
"Por mim, ele fica. O que aconteceu foi um erro tático. Esse foi o problema. Mas todos nós erramos. Isso acontece com qualquer um. O importante é que o trabalho foi bem feito", disse o dirigente ao diário.
"Não é uma fatalidade que muda o trabalho. Não vou fazer apologia a mim. Estou em débito, e achei que podíamos chegar mais longe, mas não vejo o trabalho como negativo", avaliou o treinador. "Meu trabalho começou com um sonho e termina após o último jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, que é amanhã [sábado]. Após encerrar meu trabalho, apresentarei meu relatório. Aí é uma situação que o presidente [José Maria Marin] e o Marco Polo [Del Nero] terão de conversar. Aí vamos ver o que vai acontecer", completou.