Após a derrota de 7 a 1 do Brasil para a Alemanha, Cafu foi ao vestiário da seleção conversar com os jogadores. Esteve com Luiz Felipe Scolari, com Carlos Alberto Parreira e falou com alguns jogadores do time. Após alguns minutos, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, chegou no local e pediu que funcionários da entidade avisassem que o ex-jogador deveria sair.

O motivo, segundo a assessoria de comunicação da entidade, era que o cartola gostaria de ter uma conversa a sós com os atletas e comissão técnica da equipe. Com o resultado desta terça-feira, o Brasil perdeu a chance de disputar a final da Copa do Mundo no Maracanã, no próximo domingo. O resultado do jogo entra para a história como a maior derrota da história da seleção brasileira.

Em entrevista à rádio Globo, após o jogo, Cafu reclamou do pedido para sair do vestiário. 

"Eu entrei no vestiário, cumprimentei todos os meninos, e não sei o que estavam passando naquele momento, três pessoas chegaram até mim e pediram que eu me retirasse do vestiário porque não queriam pessoas estranhas. Eu perguntei: 'sou uma pessoa estranha?'. Eles disseram que estavam fazendo o trabalho deles. Eu respeitei o desejo do presidente e me retirei", afirmou o ex-lateral, campeão do mundo em 2002.  

O ex-jogador explicou que estava  se dirigindo para conversar com o técnico Luiz Felipe Scolari, de quem foi comandado em 2002, mas que os seguranças insistiram que ele deixasse o local.

"Respeito sempre as pessoas que tem uma autoridade maior que a minha pessoa. Os meninos da segurança ficaram 'tem que sair agora', falei que ia falar com o Felipão. Eles disseram pra eu sair agora. Respeito a decisão, mas não me sentia uma pessoa estranha naquele momento.", disse à rádio Globo.