O governo de Gana decidiu criar um comitê para investigar o que aconteceu com a seleção na Copa de 2014. Numa campanha marcada por jogadores afastados e discussões sobre premiação, os africanos somaram apenas um ponto em três jogos e foram eliminados do Mundial ainda na fase de grupos.

O problema que mais chamou atenção na seleção de Gana foi a discussão sobre premiação. Os africanos ameaçaram não entrar em campo na última rodada da fase de grupos, contra Portugal, se não recebessem US$ 3 milhões (R$ 6,7 milhões) que haviam sido prometidos pela federação local.

Em meio ao clima conturbado, a federação de Gana teve de mandar ao Brasil uma mala com dinheiro. O transporte precisou ser autorizado pela Polícia Federal, e o montante foi entregue aos atletas horas antes do jogo.

A campanha de Gana na Copa também foi marcada por problemas pessoais de alguns jogadores. Antes do jogo contra Portugal, Sulley Muntari e Kevin Prince Boateng foram afastados da seleção por indisciplina.

Boateng é acusado de ter ofendido o técnico Kwesi Appiah. O caso de Muntari é ainda mais grave: ele teria agredido Moses Armah, membro do corpo técnico da federação.

Todos esses episódios serão investigados por um grupo de três pessoas escolhidas pelo Ministério do Esporte de Gana. O comitê incluirá o advogado Moses Foh Amoaning e o juiz Senyo Dzamefe.

O grupo de trabalho começará a investigar imediatamente os episódios que minaram a campanha de Gana na Copa. Ainda não existe nenhuma ideia concreta sobre sanções aos causadores dos problemas.