A seleção de Gana não quer mais correr o risco de ver seu time abandonar uma competição internacional. Nesta quarta-feira, a Associação de Futebol de Gana (GFA) anunciou que, na tentativa de prevenir futuras revoltas de jogadores, colocará em contrato os valores de premiações para os próximos torneios que disputar.

A decisão foi tomada após a série de polêmicas envolvendo atletas das seleções africanas que disputaram a Copa do Mundo do Brasil. Durante a estadia da seleção ganense no país, foi necessário o envio emergencial de dinheiro para que os jogadores seguissem vestindo a camisa da seleção nacional.

Além dos ganeses, nigerianos e camaroneses também ameaçaram greves durante o Mundial por quesões financeiras. Segundo o ex-jogador da Nigéria Sunday Oliseh, tal situação ocorreu porque "calotes" já foram dados em situações anteriores pelas federações.

"Promessas são feitas aos jogadores e quando a Copa do Mundo termina, muitas dessas promessas não são cumpridas. Esse é um dos motivos que eu acho que não fizeram a gente ganhar um Mundial ainda. Porque quando o assunto é qualidade, nós temos", declarou o ex-capitão nigeriano.

Para a competição que ainda é disputada em terras brasileiras, os jogadores de Gana não assinaram acordos sobre premiações e temiam não recebê-las. Assim, obrigaram a federação do país a enviar através de um avião fretado cerca de três milhões de dólares antes da partida decisiva contra Portugal, ainda pela fase de grupos.

A seleção ganesa somou apenas um ponto durante a Copa do Mundo, ficando na última colocação do grupo G, que contava com Alemanha, Estados Unidos e Portugal. A equipe foi derrotada pelos norte-americanos e pelos portugueses, e empataram com os alemães, líderes da chave e únicos sobreviventes no torneio.