Protesto volta a assustar patrocinador da Copa, e marca é escondida

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Vinicius Konchinski/UOL

    Casa Coca-Cola fechou e teve as marcas da empresa escondidas durante protesto

    Casa Coca-Cola fechou e teve as marcas da empresa escondidas durante protesto

Os protestos contra a Copa do Mundo de 2014 voltaram a assustar patrocinadores do torneio. Neste domingo, enquanto uma manifestação anti-Copa acontecia nos arredores do Maracanã, a Coca-Cola, empresa parceira da Fifa, fechou e cobriu suas marcas num centro de convivência da companhia montado ao lado do estádio. Na Copa das Confederações, a empresa também tinha agido assim para proteger-se.

O centro de convivência da Coca-Cola, chamado de Casa Coca-Cola, fica exatamente em frente ao Maracanã. O espaço foi inaugurado dias antes da abertura da Copa do Mundo justamente para promover a marca de refrigerantes durante o Mundial de futebol da Fifa.

A casa está aberta ao público todos os dias, até as 20h. Bem no dia em que o entorno do Maracanã esteve lotado, ela foi fechada. E não só fechada. Acabou protegida por placas metálicas e teve grande parte de sua decoração coberta por um pano branco. Todas as marcas da empresa foram escondidas.

Mais de 74 mil pessoas estiveram no Maracanã no domingo para assistir a Argentina x Bósnia. O jogo terminou 2 a 1 para a seleção argentina. Os "hermanos" fizeram uma grande festa dentro e fora do estádio.

Por ser patrocinadora oficial da Copa do Mundo, a Coca-Cola tinha o direito de expor sua marca para todo esse público no domingo. A empresa, porém, abdicou deste direito. O UOL Esporte tentou contato com a empresa para saber qual o exato motivo do fechamento do centro de convivência da empresa, mas ninguém foi encontrado.

Sabe-se só que o fechamento ocorreu justamente enquanto manifestantes se reuniam no entorno do Maracanã. Centenas de pessoas marcharam juntas rumo ao estádio e só não chegaram à arena porque a Polícia Militar interveio. Bombas de gás foram usadas para dispersar os manifestantes.

Vale lembrar que, na Copa das Confederações, quando o Rio de Janeiro foi palco de protestos ainda mais violentos, a Coca-Cola também havia escondido as marcas expostas no centro de convivência da empresa. Oficialmente, a companhia disse que a Casa Coca-Cola não ficou pronta para o torneio e por isso permaneceu fechada.

Na quinta-feira, dia da abertura da Copa do Mundo, manifestantes atacaram um quiosque de TV Globo na Praia da Copacabana. A Globo é a emissora oficial do Mundial e também é parceira da Fifa.

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