Protesto tumultua estreia do Maracanã na Copa, mas não atrapalha festa

Vinicius Konchinski*

Do UOL, no Rio de Janeiro

Um protesto no Rio de Janeiro tumultuou o primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014 no Maracanã. Horas antes da partida entre Argentina e Bósnia, aproximadamente 600 pessoas (segundo manifestantes) tentaram chegar ao entorno do estádio e acabaram entrando em confronto com a PM (Polícia Militar). O fato, porém, não atrapalhou a operação do primeiro jogo de um Mundial no maior estádio do país, após 64 anos.

O protesto começou às 16h na Praça Saens Peña, Zona Norte do Rio. Foi lá que manifestantes se concentraram e iniciaram uma caminhada rumo ao Maracanã.

O estádio estava fortemente protegido por policiais. Quando os manifestantes se aproximaram, uma barreiras de PMs foi formada e barrou a manifestação.

Os manifestantes insistiram em avançar e acabaram contidos com o uso de bombas de gás atiradas pela PM. Coronel Gaspar afirmou à reportagem que as bombas foram usadas apenas como forma de resposta aos coquetéis molotovs que foram lançados por manifestantes.

Após conseguir dispersar os manifestantes, a Tropa de Choque ainda foi acionada para dar voltas no entorno para verificar a situação. Helicópteros também foram usados para monitorar a movimentação das pessoas.

Geraldo Corrêa, de 65 anos, era um dos manifestantes. Ele contou à reportagem que moradores do entorno do Maracanã ajudaram a polícia tentando intimidar os manifestantes. "Eles estavam estourando rojões para nos assustar".  

Festa argentina

O confronto entre polícia e manifestantes não atrapalhou os mais de 70 mil torcedores que foram ao Maracanã. Grande parte deles era argentino. Os hermanos fizeram uma verdadeira festa no Maracanã e seu entorno.

Quando entraram no estádio, encontraram bares sem comida --problema que já está tornando-se recorrente nesta Copa do Mundo. Também não puderam acessar a rede de internet wi-fi disponível na arena.

Mesmo assim, a maioria elogiou a estrutura do Maracanã e deixou o estádio satisfeito. "Foi fácil chegar. O estádio também é muito confortável", afirmou Javier Bolmaro. "Só não me senti muito seguro. Houve muita provocação de brasileiros."

*Atualizada às 22h

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