Natal tem greve de ônibus, médicos e guardas; Exército vai às ruas na Copa

Bruno Thadeu

Do UOL, em Natal

Natal enfrenta um mar de problemas à véspera do início da Copa do Mundo. Os médicos municipais informaram que retomarão a greve da categoria, juntando-se aos guardas da região, que também paralisaram suas atividades. Na quinta-feira, será a vez dos ônibus pararem. A cidade amanhecerá com apenas 30% da frota de ônibus nas ruas, conforme informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro).

O Sindicato que representa motoristas e cobradores pede aumento de 16%, alegando que por seguidas vezes tentou negociação. A prefeitura se recusou a participar do último encontro, na sexta passada, entendendo que há um interesse de grupos dentro do sindicato de lucrar em virtude da Copa do Mundo. Os empresários dos ônibus pedem a redução da carga tributária.

Já os servidores municipais estão acampados na sede da prefeitura de Natal, Palácio Felipe Camarão, desde a semana passada. Pelo menos 400 médicos permanecerão em greve. Os profissionais da saúde não exercem seus serviços de maneira integral há um mês.

A previsão do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN) é que as atividades sejam retomadas a partir da segunda quinzena de julho. Os serviços de ambulatórios estão suspensos. Os serviços emergenciais serão feitos com apenas 30% do efetivo.

A prefeitura de Natal ajuizou duas ações para proibir a realização de greves, sob multa para quem desobedecer. Os sindicatos que promoveram as paralisações afirmam não terem sido notificados judicialmente.

Forças Armadas em Natal

Natal receberá o reforço de 4.700 militares, sendo 2.500 do Exército, 1.500 representando a Marinha e 700 da Aeronáutica. O contingente realizou treinamentos para prevenção de ataques aéreos, marítimos e em conflitos com manifestantes. A presença da seleção norte-americana na cidade elevou a preocupação da Fifa e autoridades locais.

Uma manifestação fomentada nas redes sociais está programada para o dia 16, data do jogo entre EUA x Gana. O movimento usa como mote do protesto os gastos com o Mundial e a intervenção da Fifa e dos EUA e Natal.

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