Barras bravas argentinos separam-se e dizem que apenas 150 irão ao Brasil

Carolina Juliano

DO UOL, em Buenos Aires

  • Hinchadas Unidas Argentinas

    Integrantes da ONG argentina Torcidas Unidas protestam em frente ao prédio da Associação de Futebol Argentino (AFA)

    Integrantes da ONG argentina Torcidas Unidas protestam em frente ao prédio da Associação de Futebol Argentino (AFA)

Integrantes da ONG Hinchadas Unidas Argentinas (Torcidas Unidas Argentinas) chamaram a imprensa nesta quinta-feira (5) para uma entrevista coletiva e anunciaram que irão dissolver a organização que foi criada para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Além disso, asseguraram que apenas 150 integrante das barras bravas (torcidas organizadas) irão ao Brasil para a Copa.

No escritório da advogada do grupo, Débora Hambo, integrantes de torcidas do Gimnasia de La Plata, Los Andes, Chacarita, Platense, San Telmo e Berazategui afirmaram que, ao contrário do que se diz, eles não têm ingressos para assistir aos jogos da Argentina e que não irão mais viajar os 650 previstos em 10 ônibus.

Os torcedores denunciaram a Associação Argentina de Futebol (AFA) por não repassar a eles os ingressos que disseram que repassaram e disseram que esses bilhetes foram entregues, sim, pela AFA a torcidas grandes da Argentina. Anunciaram, ainda, que os 150 torcedores viajarão separadamente, mas todos ficarão hospedados em um camping em Porto Alegre, onde serão recebidos por um ex-líder da torcida organizada do Internacional.

Na segunda-feira (2), integrantes do Hinchadas Unidas protestaram em frente ao prédio da AFA, no centro de Buenos Aires. Eles alegam que a entidade teria que repassar para as torcidas 3.500 ingressos para jogos da Argentina na Copa e que não o fizeram. "E o problema não é apenas que não repassara, mas também o fato de que a AFA está lucrando com esses ingressos", disse Débora.

A advogada do grupo havia dito, na última quarta-feira (4), que 650 barras bravas viajariam para o Brasil "para proteger os torcedores argentinos" uma vez que são pessoas com muitos anos de experiência nos estádios. Além disso, Débora Hambo disse que iria processar o Estado por ter enviado ao governo brasileiro informações sobre antecedentes criminais de alguns torcedores.

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