Apesar do vice, Liverpool vira modelo sugerido para ingleses no Mundial

Do UOL, em Londres

  • Richard Heathcote/Getty Images

    Daniel Sturridge é uma das esperanças da Inglaterra na Copa do Mundo

    Daniel Sturridge é uma das esperanças da Inglaterra na Copa do Mundo

Depois de perder de forma dramática o que poderia ser seu primeiro título inglês em 24 anos, o Liverpool recebeu como consolação uma volta à Liga dos Campeões da Uefa e um lobby para que seu estilo aguerrido de jogo seja adotado pela seleção do país na Copa do Mundo. E os pedidos estão vindo até de adversários históricos como o ex-meia do Manchester United e do English Team, Paul Scholes. Numa entrevista veiculada pelo site de apostas Paddy Power, Scholes recomendou que a seleção não apenas emule o sistema do clube da cidade dos Beatles, mas que também utilize todo os cinco jogadores que o representarão no Brasil.

"Seria benéfico para a Inglaterra adotar a mentalidade ofensiva do Liverpool. Gostaria de ver (o treinador da seleção) Roy Hodgson ser bravo o suficiente para jogar dessa maneira", afirmou o ex-jogador, que disputou os Mundiais de 1998 e 2002 pela Inglaterra antes de renunciar à seleção em 2004, quando tinha apenas 28 anos.

Depois de uma saída amarga da última Copa, quando se classificou atrás dos EUA na fase de grupos, empatando dois de seus três jogos e sendo goleada por 4 a 1 pela Alemanha nas oitavas de final, a Inglaterra foi alvo de um vareio de críticas por causa do futebol sem inspiração imposto pelo então treinador, o italiano Fabio Capello.

Capello saiu do cargo dois anos depois, mas Hodgson, que assumiu após uma impressionante campanha no comando do modesto West Bromwich Albion na Liga Inglesa, também vem recebendo muitas críticas por um sistema pragmático que um dos maiores ídolos da seleção, o hoje comentarista de TV Gary Lineker, disse estar "levando a Inglaterra de volta à Idade Média".

Embora tenham se classificado em primeiro lugar em seu grupo nas eliminatórias europeias, os ingleses ficaram apenas um ponto à frente da Ucrânia num grupo que tinha ainda Montenegro, Polônia, Moldova e San Marino. Um desafio bem menos assustador que a companhia de Itália, Uruguai e Costa Rica no Grupo D no Mundial.

Na recém-encerrada temporada inglesa, o Liverpool foi o time de ponta que mais jogadores domésticos teve em seu time titular. Cinco deles – os meias Steven Gerrard e Jordan Henderson, o lateral Glen Johnson e os atacantes Raheem Sterling e Daniel Sturridge – foram convocados para o Mundial. Um sexto, o lateral Joe Flanagan, está na lista de sete reservas que podem ser chamados até semana que vem em caso de lesão.

O arrojo ofensivo levou o Liverpool a 84 pontos e 26 vitórias na última temporada, incluindo um recorde de dez consecutivas, além de 101 gols. No entanto, o sistema implantado pelo norte-irlandês Brendan Rodgers pecou por uma fragilidade na retaguarda que acabou determinando a perda do título por dois pontos para o Manchester City.

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