Grevistas protestam na entrada da Arena da Amazônia, mas não param obras

Do UOL, em São Paulo*

Um grupo de funcionários da construtora Andrade Gutierrez que trabalha na Usina Termelétrica de Mauá, em Manaus, entrou em greve nesta quinta-feira, 16, e fez uma manifestação em frente à Arena da Amazônia, que está sendo construída pela mesma empreiteira. 

Os funcionários que estão trabalhando no estádio não cruzaram os braços, de acordo com a Andrade Gutierrez e a UGP Copa (Unidade Gestora do Projeto Copa), órgão do governo responsável por coordenar as obras relacionadas ao Mundial. 

Os grevistas tentaram bloquear a entrada de materiais de construção no estádio. O tumulto foi resolvido sem incidentes, de acordo com a Andrade Gutierrez. A UGP Copa informou que, embora tenha acontecido na porta do estádio, a greve não tem relação com a obra. 

A greve na Usina Termelétrica de Mauá estava sendo articulada desde semana passada. Na sexta-feira, 10, cerca de 800 trabalhadores já haviam feito um protesto semelhante em frente à sede da Andrade Gutierrez.

Os operários cobram mais segurança no local de trabalho e reivindicam o pagamento do adicional de periculosidade (30% do salário), o cumprimento do programa de Participação nos Lucros e Resultados e a inclusão de planos de saúde.

A Arena da Amazônia atingiu 95,47% de conclusão, segundo o governo do Amazonas. A inauguração deve ocorrer em fevereiro. Na terça-feira, 21, o estádio será visitado por uma comitiva da Fifa.

Em nota, a Andrade Gutierrez informou que não há espaço para negociar com os trabalhadores grevistas, "amparados pela Convenção Coletiva de Trabalho, vigente de setembro de 2013 à setembro de 2014 e assinada entre o Sindicato dos Trabalhadores e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICON)."

A empresa diz, ainda, que possui "laudos técnicos que comprovam a não exposição dos trabalhadores a condições periculosas, tornando indevido o adicional de periculosidade reivindicado. Assim sendo, diante da recusa injustificável dos funcionários para retornarem ao trabalho, a empresa tomará as medidas cabíveis por lei." 

* Atualizado às 18h52

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